Samir Xaud já tem votos suficientes para assumir a presidência da CBF; saiba possível obstáculo

A eleição para a presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), marcada para o próximo domingo, 25, caminha para um desfecho sem surpresas. Samir Xaud, atual presidente da Federação de Futebol de Roraima, já obteve o apoio formal de 25 das 27 federações estaduais e de dez clubes das Séries A e B do Campeonato Brasileiro masculino, o que garante não apenas os votos necessários para ser eleito, mas também inviabiliza a candidatura de qualquer outro concorrente, como o presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), Reinaldo Carneiro Bastos.

A chapa encabeçada por Xaud, batizada de “Futebol para Todos: Transparência, Inclusão e Modernização”, foi registrada e atende às exigências estatutárias da entidade máxima do futebol brasileiro. De acordo com as regras da eleição, é necessário o apoio declarado de ao menos oito federações estaduais para formalizar a inscrição de uma candidatura. Como apenas as federações de São Paulo e Mato Grosso não subscreveram o nome de Xaud, não há, neste momento, possibilidade de que outro postulante viabilize uma chapa.

Apesar de ter anunciado sua intenção de disputar a presidência no último sábado, 17, Reinaldo Bastos não conseguiu reunir o número mínimo de apoios necessários para registrar sua candidatura. O dirigente chegou a afirmar que contava com respaldo de outras federações, embora não tenha revelado quais seriam essas entidades.

Com o prazo para inscrição de chapas se encerrando na terça-feira, 20, a janela para qualquer mudança no cenário eleitoral é extremamente curta — e, segundo fontes próximas ao processo, praticamente inexistente.

A candidatura de Xaud, de 41 anos, não surgiu de maneira espontânea ou isolada. Pelo contrário: segundo bastidores do futebol brasileiro, ela foi articulada ao longo das últimas semanas, principalmente em Brasília, onde os apoios foram costurados com a participação direta do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes. Nunca antes uma eleição da CBF teve tantos bastidores políticos operando fora do campo esportivo.

Os patrocinadores da candidatura de Xaud já haviam definido seu nome como favorito há pelo menos duas semanas. Nesse contexto, Xaud passou a ser apresentado como a face da renovação da CBF — um dirigente jovem, com perfil conciliador e sem histórico de envolvimento em escândalos, ao contrário de muitos dos seus antecessores.

Os 25 votos das federações que endossaram sua chapa impedem, de forma objetiva, que qualquer adversário alcance o mínimo necessário para o registro. Esse bloqueio prévio desmonta qualquer tentativa de formação de uma oposição formal e praticamente assegura que Xaud será eleito por aclamação no domingo.

Entre os apoiadores do dirigente roraimense, há um consenso: Xaud só não será, segundo o consenso geral entre os seus apoiadores graúdos, se surgir ao longo desta semana alguma denúncia de teor explosivo. Com isso, a única ameaça real à sua ascensão seria o surgimento de alguma revelação bombástica que pudesse abalar sua reputação. Caso contrário, o caminho até a presidência da CBF parece estar completamente pavimentado.

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