Reunião pública na Câmara de Vereadores aborda impacto das mudanças climáticas em São José

Secretários e representantes da Prefeitura de São José participaram, nesta última segunda-feira (12), de uma reunião pública na Câmara de Vereadores para debater as mudanças climáticas no município, além de fazer encaminhamentos e políticas de prevenção após as chuvas do início do ano.

O diretor da Defesa Civil, Telson Nascimento, explicou que existem diversas ferramentas para prevenir desastres naturais, como estudos de mapeamento de áreas suscetíveis a deslizamentos, alagamentos e inundações. Esses levantamentos identificam pontos críticos, possibilitando a realização de ações preventivas. Telson também mencionou o Plano Municipal de Redução de Riscos (PMRR), que inclui a construção de contenções em encostas de áreas classificadas como de alto e muito alto risco. Além disso, destacou que a Unisul está realizando um estudo socioambiental no município para identificar novas áreas de risco.

O secretário de Infraestrutura, Nardi Arruda, informou que a Secretaria possui um mapeamento completo dos rios, valas, canais e redes de drenagem do município, que somam mais de 100 quilômetros de extensão. Segundo ele, serviços de desassoreamento são realizados periodicamente para evitar enchentes e inundações.

Arruda ressaltou que, por estar pouco acima do nível do mar, São José sofre não apenas com as chuvas, mas também com a influência das marés. “Hoje estávamos trabalhando nos canais de drenagem da Fazenda Santo Antônio e encontramos mais de um metro de água em um dia sem chuva. Essa elevação se deve à maré alta, que também afeta o município”, explicou. O secretário ainda alertou sobre o descarte irregular de materiais, como móveis, entulhos e lixo, que obstruem as galerias e agravam os riscos de inundações.

A secretária de Assistência Social, Rita Furtado, destacou o papel da pasta no atendimento a situações de calamidade pública e emergências. Citando as chuvas de janeiro como exemplo, ela explicou que a secretaria atua no cadastramento das famílias afetadas, oferecendo abrigo emergencial ou auxílio por meio do aluguel social. “Quando um evento climático danifica a moradia dessas famílias e elas não têm para onde ir, acionamos a locação social”, afirmou.

Além do Poder Executivo, participaram do evento representantes da Câmara de Vereadores, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), da Defensoria Pública e da Cáritas Brasileira Regional de Santa Catarina.

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