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Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados
A confirmação da federação entre os partidos Progressistas (PP) e União Brasil (UB) na última semana mexeu na política de Brasília, mas também vai ter impacto direto no tabuleiro eleitoral do Espírito Santo.O presidente estadual do PP, deputado federal Josias Da Vitória, foi o escolhido para comandar a federação no Estado. Isso quer dizer, portanto, que ele quem vai dar as cartas quanto a caminhos que a federação vai seguir ano que vem.É Da Vitória quem vai decidir qual projeto a federação vai abraçar. Há diversas possibilidades, incluindo apoiar a candidatura de Ricardo Ferraço (MDB) ao governo, ou até mesmo do prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos) ao Palácio Anchieta.Mas há mais que isso. Conforme Plenário detalhou, o peso político que Da Vitória ganha o “cacifa” para reivindicar uma vaga majoritária, seja candidatar-se a vice-governador, disputar uma cadeira no Senado ou até mesmo, conforme interlocutores dele têm dito, lançar o nome ao governo do Estado.O que justifica a dimensão do União Progressista e de, consequentemente, Da Vitória? Estima-se que a federação tenha cerca de 20% do tempo de televisão nas próximas eleições. Além disso, terá fundo eleitoral de quase R$ 1 bilhão em 2026.No Espírito Santo, hoje, a federação já passa a contar com seis deputados estaduais: Raquel Lessa (PP), Zé Preto (PP), Madureira (PP), Marcelo Santos (União), e Dr. Bruno Resende (União).A bancada federal não será alterada, já que o PP possui dois deputados — Da Vitória e Evair de Melo (PP) —, enquanto o União Brasil não fez nenhum no último pleito.É por esse motivo, inclusive, que será o PP a comandar a federação no Espírito Santo. Entende-se que o partido é um dos que mais cresce nos últimos anos e teve boa performance nas urnas em 2022 e 2024.A meta do União Progressista, segundo as próprias lideranças, é fazer entre 6 a 8 deputados estaduais no ano que vem, o que representa quase 1/3 da Assembleia.Além disso, miram eleger três a quatro deputados federais. Ambas as chapas já possuem nomes competitivos, seja do lado do PP ou do União. Resta saber, agora, qual será o plano de Da Vitória para a federação e para si próprio ano que vem.Saiba maisFederaçãoOs partidos União Brasil e Progressistas (PP) oficializaram a formação da federação partidária União Progressista (UP) no Congresso. Válida por quatro anos, a aliança representa cerca de 20% do total de parlamentares na Câmara e no Senado – o que faz dela a maior força política do País.Ao contrário da coligação partidária, que une dois ou mais partidos na apresentação de candidatos conjuntos para as eleições majoritárias (presidente, governador, senador e prefeito), a federação partidária vale também para as eleições proporcionais: ou seja, os partidos-membros funcionam como um só no apoio também a deputados federais, estaduais/distritais e vereadores.Espírito SantoNo Estado, a federação será presidida pelo deputado federal Josias Da Vitória (PP), que também é coordenador da bancada capixaba no Congresso. Por ter tempo de televisão considerável, fundo eleitoral quase bilionário, terá condições de ser um dos protagonistas do próximo pleito.Além de participar das montagens de chapas para deputado estadual e federal, a federação também poderá participar das discussões majoritárias, seja apresentando nome para o Senado, para compor chapa para vice-governador, ou até mesmo para lançar um candidato ao governo.Nos bastidores, aliados de Da Vitória, como o governador Renato Casagrande (PSB), e o prefeito de Vitória, Pazolini (Rep), vão aguardar os movimentos do progressista.