O Itamaraty publicou uma nota sobre a eleição na Venezuela na qual não parabeniza o ditador Nicolás Maduro, declarado vencedor pelo CNE (Conselho Nacional Eleitoral) no pleito de ontem, e pede a publicação pelo órgão de “dados desagregados por mesa de votação”.
De acordo com o Itamaraty, trata-se de “passo indispensável para a transparência, credibilidade e legitimidade do resultado do pleito”.
No mesmo comunicado, o Itamaraty saudou ainda o “caráter pacífico da jornada eleitoral” e disse acompanhar com atenção o processo de apuração.
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“[O governo] Reafirma ainda o princípio fundamental da soberania popular, a ser observado por meio da verificação imparcial dos resultados”, diz.
O governo Luiz Inácio Lula da Slva (PT) era, até a manhã desta segunda, um dos únicos atores relevantes na região a ainda não ter se manifestado oficialmente sobre as eleições na Venezuela deste domingo.
Enviado do Planalto para acompanhar a votação, o assessor para assuntos internacionais, Celso Amorim, estava nesta manhã em reunião com os observadores eleitorais do Carter Center. Depois, vai se encontrar com um painel de especialistas ligados à ONU. Ambos organismos são considerados os representantes estrangeiros com mais credibilidade para avaliar a lisura e transparência do pleito.
Amorim afirmou nesta segunda que o governo continua acompanhando os acontecimentos “para poder chegar a uma avaliação baseada em fatos”.
“Como em toda eleição, tem que haver transparência, o CNE ficou de fornecer as atas que embasam o resultado anunciado. Também não vou endossar nenhuma narrativa de que houve fraude. É uma situação complexa e nós queremos apoiar a normalização do processo politico venezuelano”, disse Amorim.
Com informações da Folha de São Paulo.
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