Vendaval destrói casas, plantações e derruba árvores no interior de Nonoai; ‘tornado’, dizem bombeiros


Velocidade das rajadas de vento pode ter chegado a 150 km/h, diz a Climatempo Meteorologia. Cerca de 250 imóveis sofreram algum tipo de dano e 40 famílias precisaram sair de casa. Casa foi destruída após vendaval em Nonoai
Corpo de Bombeiros de Nonoai
Um dia depois dos temporais que atingiram o Rio Grande do Sul, ao menos 31 cidades contabilizam os prejuízos causados pela instabilidade climática, segundo a Defesa Civil. Uma das que sofreu os maiores danos foi Nonoai, na Região Norte, por onde, segundo o Corpo de Bombeiros, passou um tornado.
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Conforme os bombeiros, o vendaval começou por volta das 14h45 de sexta-feira (9) e se estendeu por cerca de 15 minutos. Foi o suficiente para destruir casas, plantações e derrubar árvores, como mostram as fotos do interior da cidade nesta reportagem: as localidades de linhas Goio En, Ervalzinho, Secção Sete de Setembro, Pinhalzinho, Pranchão e Portela estão entre as mais atingidas.
Plantação foi destruída por vendaval em Nonoai
Corpo de Bombeiros/Divulgação
A Climatempo Meteorologia explica que é difícil confirmar se, de fato, foi um tornado que atingiu a cidade, pois seria necessário um registro “mostrando a nuvem funil tocando o solo”, característica do fenômeno climático. Mas “pela destruição, podemos sugerir que a velocidade das fortes rajadas de vento possa ter variado de 110 a 150 km/h”.
O corpo de Bombeiros atendeu, além de Nonoai, pedidos de ajuda em Gramado dos Loureiros e Erval Grande. Somando as três cidades, 250 imóveis sofreram algum tipo de dano e 40 famílias precisaram sair de casa. Além disso, 20 barracões industriais e empresas foram atingidos, além de 60 hectares de árvores de eucalipto, de pinus e de citricultura. Quase 50 km de redes elétricas tiveram danos.
Árvores destruídas por vendaval em Nonoai
Corpo de Bombeiros/Divulgação
Temporais
Cidades do RS registraram até 188 milímetros de chuva entre quinta (8) e sexta-feira, além das rajadas de vento.
O mau tempo causou transtornos nos municípios, como quedas de árvores, de muros, destelhamento de casas, alagamentos de ruas e de estradas, além da suspensão de aulas. Não houve relatos de feridos.
Em Cachoeira do Sul, onde mais choveu, a média prevista para o mês era de 120 milímetros, ou seja, a quantidade de chuva registrada em um dia superou em 56% o que deveria ter chovido em 30 dias.
De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o motivo da instabilidade climática foi o avanço lento de uma frente fria sobre o estado. O Inmet chegou a publicar um alerta vermelho para áreas do Oeste, Centro e Sul do RS, indicando grande perigo de tempestade. Para o restante do estado, o alerta era laranja, de perigo potencial.
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