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Kadidja Fernandes/AT
O arcebispo da Arquidiocese de Vitória, dom Ângelo Ademir Mezzari, falou na noite de quinta-feira (08) sobre a escolha do novo papa, Robert Francis Prevost, o Leão 14. Para dom Ângelo, um dos desafios do pontífice será buscar a unidade da igreja.“Talvez um dos aspectos importantes desse cardeal, agora Papa Leão 14, é buscar também a unidade interna. Também cheia de polarizações, de conflitos. Então, dizemos assim, a unidade e a comunhão dentro da Igreja Católica e também a unidade e a comunhão através da paz, do diálogo, com os países e os povos”, afirmou em entrevista coletiva, antes da missa celebrada na Catedral, sobre a escolha do novo Papa.
Missa pelo novo Papa, Leão 14, na Catedral de Vitória
Dom Ângelo definiu o momento como de grande alegria para a Igreja Católica. “Queremos, em nome da nossa Arquidiocese de Vitória, acolher com alegria, já prestar nossa humilde e sincera obediência ao novo Papa, a quem unimos as nossas orações”.Sobre o fato de Leão 14 ser o segundo papa seguido do continente americano e com vivência na América do Sul, dom Ângelo afirmou que é uma alegria.“De um lado, uma surpresa, de outro, uma alegria, de uma grande esperança, sobretudo, pela experiência que é discipular e missionária. Ele é um papa americano que veio de uma missão e que era, até pouco tempo atrás, bispo de uma pequena diocese do Peru, onde viveu grande parte do seu ministério sacerdotal e vida religiosa”.Perguntado se Leão 14 deve seguir o legado de Francisco, que era argentino, o arcebispo respondeu que a Igreja sempre continua o caminho de Jesus Cristo e do Evangelho.“Todos os papas, a seu modo, continuam fiéis”. E que o novo Papa leva, assim como Francisco, sua experiência pastoral para a Igreja. Dom Ângelo destacou o pedido do novo Papa pela paz, especialmente uma “paz desarmada”.O arcebispo de Vitória era superior-geral dos Rogacionistas em Roma, quando o novo Papa terminou o segundo mandato de superior-geral da Ordem de Santo Agostinho, entre 2010 e 2013.“Lembro que, na época, conversando com ele sobre os agostinianos no Brasil, ele é uma pessoa muito humilde, simples, de grande formação teológica e de experiência missionária. Tínhamos assembleias anuais em maio e novembro, inclusive tínhamos encontro com os papas, primeiro Bento XVI, depois com Francisco”.Eles se reencontram em 29 de junho, quando será a entrega pelo Papa do pálio (uma faixa de pano de lã branca que é colocada sobre ombros dos arcebispos) aos arcebispos do mundo todo, em Roma.