Senadores preveem ‘teste de fogo’ e ‘ambiente hostil’ para Lupi em audiência sobre escândalo do INSS

Estadão

O ministro da Previdência, Carlos Lupi, passará novo “teste de fogo” e encontrará um “ambiente hostil” em audiência marcada para a próxima quarta-feira, 7, no Senado, para questioná-lo sobre o escândalo do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), preveem parlamentares.

Senadores afirmam que irão questioná-lo sobre medidas concretas para ressarcir os aposentados e pensionistas que sofreram deduções indevidas em benefícios no esquema fraudulento apontado pela Polícia Federal (PF).

Leia mais

A composição da Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor, que aprovou convite para Lupi se explicar, é desfavorável ao ministro. São membros titulares senadores de oposição como Sergio Moro (União-PR), Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Jorge Seif (PL-SC), Eduardo Girão (Novo-CE) e Cleitinho (Republicanos-MG).

Mesmo entre parlamentares moderados que compõem o colegiado, a avaliação é de que a permanência de Lupi no governo ficou insustentável. O Palácio do Planalto, contudo, ainda não avalia uma demissão, para não criar crise com o PDT, partido do ministro da Previdência.

Com a intenção de aliviar o clima, segundo apurou a Coluna, Lupi ligou nesta terça-feira, 29, para o presidente da comissão, Dr. Hiran (PP-RR), e se disponibilizou a ir por conta própria ao colegiado na semana que vem se explicar. A convocação do ministro, então, foi transformada em convite.

Também na terça-feira, Lupi participou de audiência em comissão da Câmara. Na ocasião, defendeu o fim dos descontos diretos nos benefícios de aposentados e pensionistas e sugeriu que o Congresso aprove uma lei com esse objetivo.

No mesmo dia, a oposição na Câmara conseguiu as assinaturas necessárias para protocolar o requerimento de instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito sobre o escândalo do INSS. Como mostrou a Coluna, a CPI é um dos principais temores do governo Lula, pelo potencial de desgaste público para a gestão petista, que tenta evitar a volta da “marca da corrupção”.

Leia menos

Adicionar aos favoritos o Link permanente.