ES é o 5º estado do País em abertura de novos negócios

ES é o 5º estado do País em abertura de novos negócios

A abertura de novos negócios no Espírito Santo superou a de estados como Rio de Janeiro, Minas Gerais e Goiás em 2024, segundo dados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Seabre).O ES ficou em quinto lugar no ranking nacional, com aumento de 10,5% em relação a 2023. À frente, ficaram apenas São Paulo, Sergipe, Santa Catarina e Amazonas.Foram 91.386 novas empresas registradas no ano passado, das quais 96,6% são Microempreendedores Individuais (MEI), Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP).A realização pessoal e a flexibilidade são alguns dos motivos principais para a decisão de empreender, como é o caso do Matheus Lima, dono de uma loja de hambúrguer e espetinho em Cidade Continental, na Serra.“É poder criar outros desafios, outros objetivos, outras metas e ter uma qualidade de vida um pouco melhor do que ser CLT”, comenta.Já Miriele Griffo, de 47 anos, proprietária de uma loja de cachorro quente, decidiu iniciar o negócio a partir de um objetivo pessoal. “Eu possuía um problema com alcoolismo e, para me livrar dele, decidi abrir uma barraca perto de casa”, conta. Agora, ela trabalha para assumir um ponto fixo.O levantamento do Sebrae aponta que os MEI seguem liderando os novos negócios, sendo 75,4% das empresas criadas no ano passado. Ao todo, foram 71.326 novos MEI, enquanto as Micro e Pequenas Empresas (MPE) somaram 20.059, com um crescimento de 15,6% no período.O crescimento expressivo das pequenas empresas, especialmente dos microempreendedores individuais, se deve à busca por autonomia financeira, segundo o diretor-superintendente do Sebrae, Pedro Rigo.“A expansão dos pequenos negócios é fundamental para a dinamização da economia local, geração de empregos e fortalecimento de cadeias produtivas”, comenta.Para o economista Antônio Marcus Machado, os números são reflexo do ambiente favorável ao empreendedorismo no Estado.“O Espírito Santo tem um equilíbrio fiscal já de longos anos, ou seja, o governo dá credibilidade a quem quer investir. E o empresariado acredita muito no retorno de seus investimentos”, ressalta.Tomar decisões e fazer o próprio horário

Sheila de Nardi e o esposo, Felippi Lima, são proprietários de uma franquia da Cacau Show

A empresária Sheila Lima, de 40 anos, é dona de uma franquia de chocolates em Bairro de Fátima, na Serra, aberta no final de março. Segundo ela, a decisão de buscar uma franquia veio da vontade de diversificar os negócios. “Por ser uma franquia muito conhecida, foi a decisão mais lógica para nós”, diz.Tomar as próprias decisões e fazer o próprio horário são exemplos de vantagens apontados por ela em iniciar um empreendimento. No entanto, ela destaca o risco e a incerteza natural dessa atividade como um ponto a ser trabalhado.Em relação à renda, ela ainda avalia o quanto irá aumentar, já que abriu há pouco tempo. “O trabalho com certeza aumentou, os cabelos brancos também, mas quem não arrisca não petisca, já dizia o Chacrinha”, brinca.Contratar mão de obra qualificada é o maior desafioA demanda por colaboradores e mão de obra qualificada permanece sendo um desafio a ser superado pelas empresas, segundo o economista e professor Antônio Marcus Machado.Para o especialista, embora empreender aqueça a criação de emprego, mão de obra qualificada está mais escassa. “Você não acrescenta muita gente qualificada em pouco tempo, a não ser que atraindo de outros estados”.Essa situação faz com que o salário pago pelas empresas tenha que ser mais alto, no intuito de atrair funcionários. A solução, segundo Machado, é o investimento em formação para atender à crescente demanda industrial e empresarial.Contratar funcionários é o maior desafio apontado pela empresária Sheila Lima, proprietária de uma franquia de chocolates na Serra.“As razões para isso vão desde uma geração que não quer trabalho, até políticas governamentais que facilitam a vida de quem quer ficar em casa recebendo uma merreca sem trabalhar”, opina.Saiba maisDados SebraeO levantamento do DataSebrae aponta que os MEI seguem liderando as novas aberturas, correspondendo a 75,4% das empresas criadas no ano passado. Ao todo, foram 71.326 novos MEI, enquanto as MPE somaram 20.059 novas empresas, com um crescimento de 15,6% no período.No Espírito Santo, foram 91.386 novas empresas registradas, das quais 96,6% são pequenos negócios, abrangendo Microempreendedores Individuais (MEI), Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP).Entre as atividades com maior número de novas empresas, destacam-se cabeleireiros e beleza; transporte rodoviário de carga; atividades de publicidade; restaurantes e estabelecimentos de alimentação e bebidas e comércio varejista de vestuário e acessórios.O setor de Serviços liderou a abertura de empresas em 2024, com 58,9% dos novos negócios. Em seguida, aparecem o Comércio (23,5%), a Indústria (8,8%), Construção (8%) e a Agropecuária (0,8%).BrasilA taxa de empreendedorismo no País atingiu o maior nível dos últimos quatro anos, saltando de 31,6% para 33,4% em 2024, segundo o Monitor Global de Empreendedorismo (Global Entrepreneurship Monitor – GEM 2024).O estudo é elaborado, no Brasil, pelo Sebrae em parceria com a Associação Nacional de Estudos e Pesquisas em Empreendedorismo (Anegepe).O Brasil possui 47 milhões de pessoas à frente de algum negócio, formal ou informal. Entre os fatores que justificam o indicador está o aumento na Taxa de Empreendedores Estabelecidos, com mais de 3,5 anos de operação.O Brasil avançou duas posições – da oitava para a sexta – no ranking de países com a maior Taxa de Empreendedores Estabelecidos, na frente de países como Reino Unido, Itália e Estados Unidos.A pesquisa mostra também que, no ano passado, cresceu a taxa de “Empreendedorismo Total”, que reúne também os empreendedores iniciais (com até 3,5 anos de atividade), subindo de 30,1% para 33,4%.AjudaO Sebrae no Espírito Santo oferece suporte para o empreendedor, com orientação e informação nos pontos de atendimento ou diretamente nas empresas, por meio de especialistas em pequenos negócios.Para isso, conta com escritórios de atendimento nas cidades de Aracruz, Cachoeiro de Itapemirim, Colatina, Guaçuí, Guarapari, Linhares, Nova Venécia, São Mateus, Vitória e Venda Nova do Imigrante.Na Sede Vitória, e nas agências, o atendimento presencial é feito mediante agendamento prévio. O espaço fica localizado na Rua Belmiro Rodrigues da Silva, 170, na Enseada.Para Microempresas e Empresas de Pequeno Porte da Grande Vitória, também é possível solicitar atendimento gratuito in loco, com duração que pode ser de uma a duas horas.Para agendar o melhor dia e horário, é preciso ligar para a Central de Relacionamento, no número 0800 570 0800, que está disponível para atendimento 24 horas por dia.No atendimento presencial, são feitas orientações técnicas, segundo a necessidade do empreendedor. Um especialista pode indicar capacitações diversas, por meio de cursos, palestras e oficinas, bem como participação em eventos e realização de consultorias.Fontes: Sebrae e Agência Brasil

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