Um influenciador goiano — cujo nome é melhor manter no anonimato, para não dar ainda mais palco ao idiota — publicou fofocas envolvendo a deputada federal Marussa Boldrin (MDB-GO). Com emojis de riso, o dito influenciador divulgou uma informação de forma porca, irresponsável e maldosa. Pensou nas consequências? Talvez não. Ou talvez sim. Mas o fato é que uma mulher foi violentada — e os agressores precisam ser apontados.
O ex-marido de Marussa, Sinomar Júnior, agrediu a companheira física, política e psicologicamente. E o influenciador a agrediu novamente, jogando-a no tribunal da internet, onde a exposição pública serve de banquete para predadores virtuais. Marussa falou e viveu tudo o que toda vítima de violência enfrenta: exposição, revitimização e culpa. Apesar da onda de apoio e carinho que recebeu, também teve de lidar com o julgamento da população que representa no Congresso: uma parcela misógina, conservadora e hipócrita, que aponta o dedo sujo sem se colocar no lugar do outro. Ela não precisava ter exposto tudo isso. Não se um boçal tivesse feito isso primeiro.
E como a educação vem de berço, é algo que não pode ser exigido dos malcriados. Não é um diploma que traz formação enquanto pessoa. É muito fácil ofender alguém na internet, protegido pelas telas. Coragem se tem para divulgar fofoca; o que falta é coragem para assumir o BO, considerar o erro e pedir desculpas publicamente.
O influenciador pode nunca se retratar. Pode demorar a responder judicialmente e até mesmo ganhar a causa futuramente. Pode contratar Sinomar, que é advogado, para o defender. Pode até se eleger deputado pelo PL. O mundo é injusto — e os idiotas muitas vezes são aplaudidos, seguidos, até eleitos. Mas uma coisa precisa ser clara: nada justifica uma agressão.
Marussa é mulher, mãe, engenheira, membra da FPA (Frente Parlamentar da Agropecuária) e deputada federal eleita. Representa o povo por méritos pessoais e não de terceiros. Enfrenta o machismo todos os dias no “Texas” do Brasil. Encara a violência política de gênero há muito tempo, sendo vereadora por 2 mandatos e agora deputada federal.
Fica aqui o meu apoio à deputada Marussa Boldrin, que será lembrada por sua trajetória de coragem e luta. Já os agressores — esses serão eliminados da história. Ou lembrados apenas como exemplos do que não devem ser. Nunca.
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