O ex-governador Marconi Perillo (PSDB) disse o número de casos diagnosticados seria irrelevante diante do total de pacientes oncológicos ao falar da necessidade da construção do Complexo Oncológico de Referência do Estado de Goiás (Cora). “Fiquei sabendo que isso representa 2% de todo o conjunto do tratamento de câncer que são as crianças”, declarou.
A primeira ala do hospital, a infantil, receberá os primeiros pacientes a partir de maio. Serão 148 leitos de internação, sendo 48 pediátricos, centro cirúrgico completo, área de infusão quimioterápica, exames por imagem de alta precisão, farmácia integrada e estrutura para transplante de medula óssea.
“Você passa na porta do Cora e vê que é um caixotinho. Uma coisa pequena para esse elevado gasto que está tendo”, afirmou o tucano em outro ataque ao novo hospital.
As declarações do ex-governador, feitas em uma rede social. Só em Goiás, mais de 2 mil crianças morreram da doença nos últimos quatro anos, de acordo com dados do Ministério da Saúde.
Enquanto países desenvolvidos alcançam até 85% de cura do câncer infantil, o Brasil estagnou em 65% de taxa média de cura há mais de 40 anos, conforme relatório do Conselho Nacional de Saúde (CNS). O Cora pretende ajudar a mudar esse cenário em Goiás, ampliando em 60% o número de cirurgias oncológicas realizadas no estado — de 4,5 mil para 7,2 mil por ano.
Ao desdenhar de um hospital com essa dimensão e impacto, especialmente voltado ao combate ao câncer infantil, Marconi Perillo não apenas revela desconhecimento técnico, mas menospreza o sofrimento de milhares de famílias que lutam diariamente pela sobrevivência de seus filhos. O tucano deixou de fazer oposição ao atual governo, para se opor a políticas públicas em benefício da população goiana.
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