A greve dos trabalhadores da educação de Aparecida de Goiânia teve início nesta segunda-feira, 28, após mais uma rodada de negociações entre a categoria e a Prefeitura terminar sem acordo. Representados pelo Sintego (Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás), os educadores decidiram paralisar as atividades em protesto pela não implementação imediata do Piso Nacional do Magistério e pelo pagamento do retroativo referente aos primeiros meses de 2025.
A decisão de deflagrar a greve foi tomada após reunião realizada entre representantes da Prefeitura e do sindicato nesta segunda-feira. Segundo o Sintego, a proposta apresentada pelo Executivo, que previa o pagamento do novo piso a partir de maio e a possibilidade de negociação do retroativo, foi considerada insuficiente diante das reivindicações da categoria.
Como forma de intensificar a mobilização, os educadores marcaram para esta terça-feira, 29, às 16h, uma nova manifestação em frente à sede da Prefeitura de Aparecida de Goiânia. Após o ato, está prevista uma nova assembleia para definir os próximos passos do movimento.
O movimento grevista reivindica a aplicação imediata do reajuste nacional e o pagamento integral dos valores retroativos de janeiro a abril, conforme estabelecido pela legislação federal. O sindicato argumenta que o não cumprimento integral do piso representa desvalorização da categoria e quebra de compromisso com a educação pública.
A Prefeitura de Aparecida de Goiânia divulgou nota oficial sobre o assunto, destacando as dificuldades financeiras enfrentadas pela atual gestão e reafirmando seu compromisso com o diálogo. Leia a nota na íntegra:
NOTA DA PREFEITURA DE APARECIDA DE GOIÂNIA
A atual gestão da Prefeitura de Aparecida de Goiânia, que assumiu o município em janeiro de 2025, herdou dívidas superiores a R$ 500 milhões. Mesmo diante das dificuldades financeiras, a administração já quitou R$ 58 milhões em débitos da folha de pagamento referente a dezembro de 2024, deixados pela gestão anterior. Além disso, a atual gestão mantém o salário dos servidores rigorosamente em dia, efetuando o pagamento dentro do mês trabalhado.
Diante dessa realidade financeira, a Prefeitura, por meio das secretarias de Educação, Administração, Fazenda e Procuradoria Geral do Município, mantém diálogo constante com a categoria para, com responsabilidade e transparência, tratar da questão do Piso Nacional dos Professores.
Como parte do esforço de valorização dos servidores da educação, a administração municipal apresentou, na última sexta-feira, 25 de abril, uma proposta à categoria: pagar o novo valor do piso nacional a partir de maio e estudar uma forma de viabilizar o pagamento do retroativo referente aos primeiros quatro meses do ano.
Nesta segunda-feira, 27 de abril, foi realizada nova reunião entre a Prefeitura e o Sintego. A proposta apresentada pela gestão municipal não foi aceita pela categoria. Mesmo assim, a administração municipal reafirma seu compromisso com o diálogo e transparência, buscando soluções que respeitem os limites orçamentários do município e garantam os direitos dos servidores da educação.
Leia também Professores deflagram greve em Aparecida de Goiânia;
O post Após recusar proposta da prefeiura, educadores de Aparecida de Goiânia iniciam greve apareceu primeiro em Jornal Opção.