PCdoB aos 103 anos: partido indispensável à luta por um Brasil soberano e justo

Na edição desta quinta-feira (27) do programa Entrelinhas Vermelhas, a editora Guiomar Prates mediou um debate com importantes figuras do Partido Comunista do Brasil (PCdoB): Luciano Siqueira, ex-deputado estadual e ex-vice-prefeito do Recife; Leila Márcia Santos, presidenta do PCdoB em Ananindeua (PA); Renê Vicente, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) em São Paulo; e Walquíria Nictheroy, subsecretária de governo de Niterói (RJ). O encontro abordou a necessidade do PCdoB na atualidade, seus desafios e perspectivas para o futuro.

“O PCdoB ainda é indispensável após 103 anos?” A pergunta que guiou o debate foi respondida com unidade pelos entrevistados ao defender a relevância do partido. Luciano afirmou que o PCdoB continua indispensável por se orientar pelo marxismo-leninismo, sendo uma força política histórica guiada pela consciência socialista. Leila destacou que nenhuma outra organização no Brasil acumulou tanta experiência em lutas sociais e possui uma visão estratégica de longo prazo. Já Renê ressaltou que o PCdoB é fundamental para a luta pela emancipação humana e a construção de uma sociedade justa. Walquíria reforçou que, diante da crise global, o partido é necessário como contraponto ao capitalismo e como ferramenta de organização para a juventude.

Assista a íntegra do Entrelinhas Vermelhas:

Principais desafios: aproximação popular e combate ao fascismo

A discussão avançou para os desafios enfrentados pelo PCdoB no momento atual. Leila Márcia Santos destacou a necessidade de o partido se aproximar mais do povo, especialmente nas periferias, criando campanhas próprias para ampliar sua visibilidade.

Para Renê Vicente, o maior desafio é derrotar a extrema-direita e o fascismo, dialogando com a classe trabalhadora para expor os limites do capitalismo. Walquíria Nictheroy enfatizou a importância de oferecer serviços e acolhimento à população, criando laços de confiança que fortaleçam a consciência política. Já Luciano Siqueira apontou a necessidade de atualizar o pensamento programático do partido, especialmente no que diz respeito a reformas estruturais.

Futuro do Brasil: soberania, igualdade e internacionalismo

Quando questionados sobre a visão do partido para o futuro do Brasil, os debatedores expressaram esperanças e desafios.

A visão do PCdoB para o país foi traçada com otimismo crítico. Renê Vicente projetou um país soberano, com valorização do trabalho e redução da desigualdade, com o PCdoB liderando a retomada do desenvolvimento nacional. Walquíria Nictheroy defendeu que o partido deve resistir e se consolidar como alternativa às forças conservadoras, enquanto Leila vinculou o projeto partidário à integração com movimentos progressistas globais, como o BRICS. Luciano destacou a importância de células ativas nos bairros e escolas para “influenciar a grande política a partir da base”.

Os debatedores compartilharam suas experiências pessoais ao ingressar no partido. Compartilharam motivações distintas, mas convergentes. Walquíria destacou a clareza teórica do PCdoB e sua capacidade de reinvenção, especialmente na luta antirracista. Renê Vicente mencionou a influência de militantes históricos do partido. Leila ressaltou a busca por justiça social e a sensação de pertencimento a uma organização que luta por uma sociedade igualitária. Luciano Siqueira apontou a trajetória de resistência do partido durante a ditadura e sua capacidade de unir teoria e prática política.

Como atrair novos militantes?

Por fim, a editora Guiomar Prates perguntou como cada um convida pessoas a se filiarem ao partido. A estratégia de filiação foi tema de consenso. Luciano defendeu o diálogo baseado em “pertencimento e solidariedade”, enquanto Walquíria usou sua trajetória para mostrar que “o PCdoB permite enxergar a realidade criticamente”. Leila enfatizou a unidade entre campo e cidade na luta contra desigualdades, e Renê apontou os deputados do partido como exemplo de defesa dos trabalhadores.

Guiomar encerrou o debate destacando a urgência de “materializar a esperança” em um país marcado por crises. Os entrevistados concordaram que, apesar dos obstáculos, o PCdoB mantém sua relevância ao combinar resistência histórica com projetos transformadores. Como afirmou Rene Vicente, em tempos de guerra cultural, é preciso demonstrar que o verdadeiro partido que é antissistema é o PCdoB. “Porque esse sistema é um sistema capitalista, que oprime, que explora, que esmaga o trabalhador a trabalhadora. E o verdadeiro partido que se coloca contra esse sistema é o Partido Comunista do Brasil”.

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