Venezuela não costuma divulgar parciais das eleições

A Venezuela foi às urnas hoje para decidir quem irá governar o País pelos próximos seis anos, num pleito marcado por forte tensão entre o atual presidente Nicolás Maduro, no poder desde 2013, e a oposição organizada. As urnas fecharam às 18h (19h em Brasília), mas não se sabe quando os resultados serão anunciados pelas autoridades eleitorais nacionais, que não costumam divulgar parciais nem tendências.

As pesquisas de boca de urna são proibidas, mas diversas análises foram publicadas nas redes sociais nas últimas horas. Longe de oferecer um quadro claro, elas mostram resultados inversos, dependendo do grau de concordância de seus autores com o governo ou com a oposição. A agência Hinterlaces informou que, até as 12h, 61,5% dos eleitores haviam votado e que o presidente Nicolás Maduro estava à frente do oposicionista Edmundo González por quase 12 pontos — 54,6% a 42,8%.

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O instituto de pesquisas Meganalisis, por sua vez, questionou pouco depois esse boletim do que descreveu como “uma empresa pró-governo” e afirmou que eles só tentam “manipular a realidade”. Ela revelou dados que mostravam um quadro completamente diferente: de acordo com seus relatórios, às 11 horas da manhã, 41% dos eleitores haviam votado e González estava à frente de Maduro por mais de 50 pontos — 65,3% a 13,1%.

Os eleitores começaram a fazer fila muito antes das 6h da manhã (7h em Brasília), quando as urnas foram formalmente abertas. Quase 21 milhões de pessoas estão registradas para votar em uma população de 30 milhões. O voto não é obrigatório.

A eleição deste domingo decide entre a continuidade do chavismo, no poder há 25 anos, ou a mudança prometida por uma oposição unida depois de ter sido marginalizada em outras eleições, incluindo a última presidencial em 2018. 

Do O GLOBO

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