Presidente da Síria pede paz após ataques brutais contra civis

O presidente da Síria, Ahmad Sharaa, pediu “unidade nacional” e “paz” após no terceiro dia de confronto entre forças de segurança e apoiadores do ex-presidente Bashar al-Assad. O conflito deixou mais de mil mortos, a maioria de alauítas, minoria apoiadora de Assad. “O que está acontecendo no país são desafios que eram previsíveis”, declarou Sharaa em discurso.

Alauítas são uma minoria xiita. O grupo que assumiu o poder após a queda de Assad é sunita. O governo é acusado de promover uma ‘limpeza étnica sistemática. O presidente da Síria afirmou que “temos de preservar a unidade nacional, a paz civil, tanto quanto possível e, se Deus quiser, seremos capazes de viver juntos neste país”.

As forças de segurança da Síria informaram que ao menos 200 de seus membros morreram em confronto contra ex-militares leais a Assad. Os ataques são considerados atos de vingança. Milhares de apoiadores do novo governo foram para áreas costeiras para apoiar as forças.

De acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, os dois dias de conflito na costa do país representaram alguns dos episódios de violência mais graves em anos no conflito civil que já dura 13 anos.

Ahmad Sharaa pediu “unidade nacional” e “paz” após no terceiro dia de confronto | Foto: Reprodução

Ongs de direitos humanos afirmam que centenas de civis alauítas foram assassinadas pelo governo sírio. A Federação de Alauítas na Europa diz que há “limpeza étnica sistemática” na região.

Segundo o governo da Síria, o Exército fazia operação na região de Latakia, quando teria sido atacado. A ofensiva seria um levante de forças ligadas ao antigo regime do ditador Bashar Assad.

Os alauítas, por sua vez, negam a versão do governo e alegam perseguição de sunitas radicais. A Síria é de maioria sunita mas foi governada pela família Assad, que segue a linha alauíta, por cinco décadas.

Na última sexta-feita, 7, Sharaa afirmou que o país deve continuar uma ofensiva contra apoiadores de Assad. “Vamos continuar a perseguir os remanescentes do regime que querem continuar a opressão e tirania, aqueles que cometeram crimes contra a população e amaçam a segurança e a paz. Eles serão submetidos a julgamento”.

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