Com pouco mais de quatro mil habitantes, Aporé movimenta economia com 5 hidrelétricas

Reconhecida como a segunda cidade mais rica do Brasil por estudo realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), a pacata cidade de Aporé, no sudoeste de Goiás, tem como principal fonte de renda a produção de energia elétrica. Com pouco mais de 4,3 mil habitantes, o município conta com cinco hidrelétricas, sendo duas dentro da cidade e outras três, que fazem divisa com Itarumã e Chapadão do Sul. 

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A produção de etanol e açúcar, além de atividades agropecuárias, agrícolas e frigoríficas também compõem a receita bruta da cidade – cujo valor é de pouco mais de R$ 50,3 milhões, de acordo com o Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A criação de fazendas de energias solares deve alavancar ainda mais o montante.

“A produção de energia no nosso município é uma grande referência. A pecuária era a nossa atividade mais famosa, com cria e recria, confinamento, mas deu uma diminuída com o crescimento da agricultura na cidade”, explicou o prefeito Leonardo Carvalho (PP) ao Jornal Opção.

Usina Hidrelétrica de Espora | Foto: Divulgação

O cultivo de cana de açúcar é o mais predominante, com 25 mil hectares plantados no município. Outra atividade que ganhou destaque é a produção de amendoim, milho, soja e laranja – essa última mais antiga, de acordo com o prefeito. 

“As fazendas estão ampliando a quantidade de produção de laranjas. O cultivo de eucalipto tem uma proporção menor, mas também tem na nossa região. Há essa diversificação”, reforça. 

Pesquisa FVG

Aporé foi reconhecida como a segunda cidade mais rica do Brasil pelo estudo realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), com base em dados do Imposto de Renda de Pessoas Físicas (IRPF) de 2020, que apontou renda média por habitante de R$ 8.109. O IBGE, por outro lado, aponta renda média de R$ 2.690,92 por morador – valor 66,9% menos do que publicado pelo estudo.

O levantamento da FGV apontou que, entre os declarantes de renda, os moradores de Aporé possuem uma renda média de R$ 66.125, o que coloca a cidade no topo das mais economicamente prósperas em nível nacional. A pesquisa levou em consideração as atividades agrárias do município.

Além do setor agrário, a pesquisa indicou que Aporé se beneficiava da presença de indústrias frigoríficas e de produção de cerâmica. O prefeito, no entanto, afirmou que mora na cidade há anos, mas não existe fabrica ou produção de cerâmica.

História de Aporé 

A história de Aporé remonta à sua fundação por João Nunes, que doou terras para a criação do patrimônio local. Inicialmente surgiu como um distrito de Jataí, mas rapidamente evoluiu de um pequeno povoado para um distrito oficial. 

Em 14 de novembro de 1958, a cidade foi emancipada e reconhecida como município, um marco que iniciou sua trajetória de crescimento e desenvolvimento. Apesar das conquistas, Aporé enfrenta desafios comuns como qualquer outra cidade, como a necessidade de diversificar a economia e melhorar a infraestrutura local. 

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