‘Melhor em Casa’: sem filas de espera, Rio Verde oferece atendimento domiciliar para 350 pacientes 

Atualmente, 350 pacientes da rede pública de saúde de Rio Verde fazem uso do programa de atendimento domiciliar ‘Melhor em Casa’. O programa do Ministério da Saúde foi instalado no município ainda em 2017 e, graças à atuação de uma equipe multiprofissional e da atenção dada pela atual gestão da Prefeitura de Rio Verde, ele consegue oferecer tratamento humanizado a centenas de pacientes mais graves na cidade.

Lilian Lázara Faria, diretora do ‘Melhor em Casa’, explica em entrevista ao Jornal Opção que “o programa não fecha, ele funciona das 7h às 19h, de segunda a segunda, entrando sábado, domingos e feriados”. Para garantir o atendimento mais completo possível a equipe multiprofissional do programa conta com médicos, enfermeiros, psicólogos, assistente social, fisioterapeuta, entre outros profissionais. 

“A maioria dos procedimentos que fazem ambiente hospitalar, a gente faz no hospital ‘Melhor em Casa’”, explicou Lilian. Exames laboratoriais, trocas de sondas e curativos em geral, aplicação de medicamentos e atendimentos com fisioterapeutas e psicólogos são alguns dos procedimentos que podem ser feitos no conforto do lar do paciente. Existem sim alguns casos em que é preciso encaminhamento para rede hospitalar (exames complementares, consultas com especialista e passagem de acesso central, por exemplo), mas após a conclusão desses procedimentos, o paciente volta para casa. 

Um ponto destacado por Lilian está na forma de acesso ao serviço. “A gente precisa atender os pacientes de maior complexidade”, afirmou ao explicar que existe um perfil de paciente aceito para o programa. Normalmente, os pacientes mais restritos ao leito são mais indicados: casos ortopédicos com imobilização mais rígida, pacientes oncológicos em neoplasia, pessoas em uso de traqueostomia ou sonda nasoenteral, entre outros. “Comeu pela boca, não tem uma ferida no corpo e não está preso à cama, não é paciente do programa”, sintetizou a diretora do programa em Rio Verde. 

Para ter acesso ao ‘Melhor em Casa’, o paciente ou familiar deve buscar encaminhamento em alguma unidade de saúde da rede pública e então uma equipe vai até a casa avaliar a condição do paciente. “Depois que solicitam nossa visita, a gente avalia o contexto. Se ele for perfil do ‘Melhor em Casa’, ele vai ter a continuidade do cuidado. Se ele não for perfil do ‘Melhor em Casa’, a gente contrarreferencia ele para a clínica da família mais próxima do seu domicílio”, resumiu.

Para além do atendimento humanizado, da melhora dos resultados dos pacientes e do desafogamento da rede pública, outra vantagem do atendimento domiciliar que se apresenta são os preços. “O custo é muito menor para o município manter o paciente no domicílio. O custo do paciente no hospital é dobrado”, afirma Lilian. 

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Quem vive na pele 

Edinair Ferreira Gonçalves é paciente do programa já faz quatro anos. Ela mora com a filha de 13 anos e é paraplégica há 12. Seis anos atrás, um procedimento médico feito errado “acabou virando um úlcera  de pressão”, o que agravou ainda mais seu quadro. Após ida ao posto de saúde mais próximo de sua casa, conseguiu encaminhamento para o ‘Melhor em Casa’. 

“O programa me atende 100%. Todos os dias, com curativos e medicação”, celebra a paciente. Edinair garante que as visitas da equipe multiprofissional são diárias, quando existem consultas fora do domicílio, a equipe de saúde pública organiza o transporte, além de destacar o contato humanizado de todos os profissionais envolvidos. “Eu acho que sou privilegiada, porque o programa é tudo na minha vida”, concluiu.

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