Conrado diz que seu candidato a governador depende do aval de Lula

Por Magno Martins – exclusivo para a Folha de Pernambuco

Em entrevista exclusiva à Folha de Pernambuco, a prefeita de Serra Talhada, Márcia Conrado (PT), afirmou que, para 2026, está esperando o posicionamento do seu partido e não sabe se estará no mesmo palanque que o seu ex-padrinho e atual adversário político, o deputado estadual Luciano Duque (SD). Mesmo rompidos politicamente, os dois apoiam a governadora Raquel Lyra (PSDB) e o presidente Lula (PT).

“Tenho dito que eu estou esperando o posicionamento do meu partido, do PT, a qual eu tenho uma grande honra de fazer parte. Sábado estive com o nosso presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, no aniversário de 45 anos do PT, e sigo firme dentro da minha legenda. Então, preciso do posicionamento do partido, para saber como vou seguir”, afirmou Márcia.

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Em 2020, quando se elegeu pela primeira vez, Márcia teve sua candidatura lançada por Duque, que era um dos prefeitos mais bem avaliados do Sertão. Ela chegou à Prefeitura de Serra com 60% dos votos e manteve uma boa relação com o deputado até meados de 2023, quando anunciaram o rompimento oficial da aliança.

Durante a entrevista, Márcia também fez uma análise sobre a queda na popularidade do presidente Lula (PT) e da governadora Raquel Lyra (PSDB). “Ambos estão no segundo ano de governo e eu acho que esta avaliação está baixa, sim, mas é normal. As coisas estão se consertando, a engrenagem está funcionando. Eu tenho certeza de que 2025 será um ano de entregas e a população vai reconhecer isso”, disse a prefeita.

Sobre a eleição para presidência da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), a qual Márcia retirou a candidatura, a prefeita explicou que, para o momento, o ideal é manter os municípios unidos e uma eleição sem consenso prejudicaria a entidade como um todo.

“Há 12 anos que não se tem uma disputa na Amupe. Quando se tem disputa, sempre existe que sai entristecido. No consenso, nem todo mundo ganha tudo, mas também nem todo mundo perde tudo. A Amupe é apartidária, ela luta pelos interesses dos municípios, principalmente dos de pequeno e médio porte. Neste momento, onde já existe uma polarização para 2026, a Amupe precisava sair maior do que o que ela é, e esse consenso representou isso”, cravou Márcia.

Questionada sobre como estão os investimentos em Serra Talhada, Márcia falou com orgulho de como andam as contas do município e as novidades previstas para 2025. “Pela primeira vez, na história de Serra Talhada, fechamos quatro anos com saldo positivo na geração de empregos. Recebemos, na semana passada, a visita de Bruno Veloso, presidente da FIEP, que vai instalar o Sistema S da indústria aqui. O município vai comprar um terreno de 10 hectares para abrigar o Sistema. Outras obras como o Residencial Almeida, a ampliação do aeroporto, são obras de destaque não só para nossa cidade, mas para toda região”, finalizou.

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