Em indireta a Moraes, governo Trump diz que multar empresas estadunidenses é antidemocrático

Um órgão ligado ao Departamento de Estado dos Estados Unidos afirmou que o bloqueio e multa de redes sociais por parte de autoridades brasileiras é “antidemocrático”. O texto faz uma alusão à decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, em relação à plataforma Rumble.

“Respeito pela soberania é uma via de mão dupla com todos os parceiros dos EUA, incluindo o Brasil”, diz a mensagem do Escritório de Assuntos do Hemisfério Ocidental. “Bloquear o acesso à informação e impor multas a empresas sediadas nos EUA por se recusarem a censurar indivíduos que lá vivem é incompatível com valores democráticos, incluindo a liberdade de expressão.”

O órgão se manifestou pela primeira vez sobre a decisão de Moraes de bloquear o Rumble no Brasil. De acordo com o ministro, a plataforma cometeu “reiterados, conscientes e voluntários descumprimentos das ordens judiciais, além da tentativa de não se submeter ao ordenamento jurídico e Poder Judiciário brasileiros” e que instituiu um “ambiente de total impunidade e ‘terra sem lei’ nas redes sociais brasileiras”.

Antes de determinar o bloqueio, o ministro solicitou que a Rumble indicasse à Justiça seu representante legal no Brasil.

Similar ao Youtube, o Rumble é uma plataforma de vídeos lançada em 2013 e é popular entre conservadores nos EUA. A rede social diz que sua missão é “proteger uma internet livre e aberta”.

Recentemente, o Rumble apresentou uma ação contra Moraes na Justiça dos Estados Unidos. O processo foi aberto em conjunto com o grupo Trump Media & Technology Group, do presidente dos EUA, Donald Trump.

As empresas acusam Moraes de censura e pedem que ordens feitas por ele contra o Rumble fossem derrubadas e que não tivessem efeito legal nos EUA.

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