Café capixaba ganha mercado na Ásia e Europa

Cristina Pascoli é fundadora da marca Café Caramello: “Tenho orgulho de levar o café capixaba para o mundo” | Foto: Acervo pessoal

Quatro novas fábricas da marca capixaba Café Caramello serão abertas em países da Europa e da Ásia, em 2025, e vão receber mais de R$ 1 milhão em insumos à base de café produzido no Espírito Santo.As estruturas, montadas no modelo de franquia, serão instaladas em Portugal, França, Emirados Árabes Unidos e Itália, ficando responsáveis por beneficiar, envasar e vender o produto para distribuidores parceiros, que inserem a marca nas prateleiras internacionais.O produto é um creme saborizado, feito a partir de um blend de cafés, ou seja, uma mistura dos grãos conilon e arábica, cultivados por três produtores das regiões Norte e Sul do Espírito Santo.A fundadora da marca, Cristina Pascoli, explica que a base do produto é feita toda na fábrica matriz, em Vitória. É da capital capixaba onde sai o insumo que abastece atualmente outras sete fábricas franqueadas no Brasil e uma em Miami, nos Estados Unidos.“Nenhuma delas tem acesso à nossa fórmula. Somos nós que produzimos. Elas apenas recebem a base em pó, hidratam e embalam. Eu levanto muito a bandeira e tenho orgulho de levar o café capixaba para o mundo”, diz.As novas fábricas, segundo Cristina, já têm franqueados definidos e só precisam cumprir etapas finais da burocracia para iniciar as operações, como a adequação de rótulo para os padrões dos países.A previsão é de que três contêineres, abastecidos com R$ 350 mil desse insumo, sejam levados ao exterior neste ano. O produto, porém, não será o mesmo em cada país, mas adaptado aos gostos locais.“Em Dubai, por exemplo, eles gostam muito de coisas frutadas e cítricas, como a laranja e o limão. Já em Portugal, o descafeinado é muito forte. Nos EUA, é o caramelo, a baunilha e o chocolate. Já na Itália, é o tradicional, como o expresso e o black. A gente ataca com o que o país gosta”, explica.Cada pote de creme da marca custa, no mercado brasileiro, R$ 35. Nos Estados Unidos, o produto é vendido pelo preço de 20 dólares. Para o mercado europeu, a empresária estuda vender a unidade do creme por 18 euros.“Não temos concorrentes diretos nesses mercados. Não existe creme de café neles. É um produto diferente para eles”, conta.Empresa mira Japão e China para 2026A expansão da Café Caramello para o mercado internacional vai continuar no foco da marca durante os próximos três anos.A meta, segundo a empresa, é abrir 30 fábricas franqueadas ao redor do mundo até 2028.Para o próximo ano, a fundadora da marca, Cristina Pascoli, conta que mira o Japão e a China como novos locais.A fábrica de Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, é considerada por ela como estratégica para atingir esse objetivo. “Estando lá é bem mais rápido, tem como fluir melhor a logística para todo o mercado asiático”, explica.

Cristina Pascoli e a filha Giovanna, no lançamento da fábrica da marca nos Estados Unidos, em janeiro deste ano | Foto: Acervo pessoal

SAIBA MAISSete fábricas espalhadas pelo BrasilSobre a marcaA marca café caramello foi fundada em 2012 pela cerimonialista Cristina Pascoli, na Serra.Hoje, a empresa possui uma fábrica matriz na Avenida Vitória, na capital, e sete fábricas pelo Brasil, que beneficiam e envasam o produto.Outros 200 franqueados, espalhados por 23 estados, distribuem os produtos fabricados para revendedores e pontos de venda pelo País.Além das fábricas, a empresa possui uma holding com exportadora, clube de investimentos, cafeterias contêiner, espaço “To-Go” e quiosque.Em 2025, a empresa ainda planeja lançar uma incorporadora, que irá trabalhar diretamente com os investidores nas fábricas.InvestimentoCada franquia, no modelo fábrica, custa R$ 600 mil de investimento inicial.A marca conta ainda com investimentos no modelo crowdfunding, investidor-anjo e financiamento inteligente.Fonte: Café Caramello

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