Rio Grande do Sul registra maior temperatura da história

O Rio Grande do Sul enfrenta uma onda de calor intensa, com temperaturas que já ultrapassaram os 40°C em várias regiões do estado. Na terça-feira (4), a cidade de Quaraí, na Fronteira Oeste, registrou 43,8°C, estabelecendo um novo recorde estadual desde o início das medições regulares do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), em 1910. As previsões indicam que o calor extremo deve persistir pelo menos até sexta-feira, 7, afetando também partes de Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul.

Essa é a segunda onda de calor de 2025. A primeira ocorreu entre os dias 15 e 19 de janeiro, e agora o fenômeno volta a impactar o estado com ainda mais intensidade. De acordo com a Climatempo, as temperaturas continuarão acima da média nos próximos dias, e novas marcas históricas podem ser registradas. Em resposta ao cenário crítico, o Inmet prorrogou um alerta para riscos decorrentes do calor excessivo até segunda-feira, 10, às 20h, prevendo que os termômetros fiquem cerca de 5°C acima da média por um período prolongado.

Temperaturas extremas e impactos da onda de calor

Na segunda-feira, 3, Quaraí já havia registrado a maior temperatura do Brasil em 2025, com 42,5°C. No dia 23 de janeiro, a cidade atingiu 42,4°C, consolidando-se como uma das mais quentes do país neste ano. O recorde anterior no Rio Grande do Sul pertencia a Uruguaiana, que em 2022 marcou 42,9°C.

As regiões Oeste, Central e Norte do Rio Grande do Sul estão sendo as mais afetadas pela onda de calor. Além do desconforto térmico e dos riscos à saúde da população, os impactos já são sentidos na agricultura e no abastecimento de água. A Defesa Civil do estado informou que 50 municípios já decretaram situação de emergência, especialmente na Fronteira Oeste, onde a estiagem agrava os problemas decorrentes do calor extremo.

Os dados sobre a crise hídrica e climática estão sendo registrados no Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2ID), que monitora a gestão de riscos ambientais e fornece suporte para ações emergenciais. Apesar da previsão de pancadas de chuva isoladas nos próximos dias, os meteorologistas alertam que elas não serão suficientes para aliviar as temperaturas ou amenizar os impactos da estiagem.

Influência do La Niña 

De acordo com a Climatempo, o fenômeno La Niña continua influenciando o clima no Brasil, contribuindo para a persistência de ondas de calor e para a redução do volume de chuvas no Rio Grande do Sul. A tendência é que temperaturas superiores a 40°C ainda sejam registradas ao longo de fevereiro, principalmente nas áreas próximas à fronteira com Uruguai e Argentina.

A previsão aponta que o volume de chuvas deve ficar abaixo da média em diversas regiões do estado, incluindo a Região Metropolitana de Porto Alegre, o Centro e o Norte do RS. Na capital gaúcha, as temperaturas devem se manter acima da média durante o mês, assim como nas regiões da Serra, Campanha e Litoral.

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