Santander (SANB11): CEO vê banco mais preparado para enfrentar Selic nas alturas; ação dispara

Mario Leão Santander

Ele recorda que o banco realizou reajustes de apetite de crédito nos últimos meses, o que, inclusive, foi colhido nos resultados do quarto trimestre (Imagem: Divulgação)

O Santander (SANB11) foi uma das principais vítimas da disparada da Selic no ciclo de aperto monetário do pós-pandemia, quando as taxas saltaram de 2% para 13,75%, o que obrigou o banco a fazer um freio de arrumação na carteira.

Com uma nova pernada de alta no radar e a expectativa dos juros chegarem acima de 15% (o próprio Santander espera taxa terminal de 15,5%), analistas e investidores acendem o alerta quanto a possíveis impactos na inadimplência e rentabilidade do banco.

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Apesar disso, o CEO, Mario Leão, vê o banco mais preparado e protegido para lidar com a piora do cenário macro. Na manhã desta quarta-feira, o banco divulgou lucro de R$ 3,9 bilhões, acima das expectativas e que animou o mercado. Por volta das 13h, a ação disparava quase 7%, a R$ 27,27.

“O macro tem efeito em como tomamos decisões? Claro que sim, ela é um instrumento super importante. Como lidamos com isso? Com a mesma disciplina que temos lidado até aqui”, afirmou em conferência com jornalistas ocorrido em São Paulo.

Ele recorda que o banco realizou reajustes de apetite de crédito nos últimos meses, o que, inclusive, foi colhido nos resultados do quarto trimestre. A rentabilidade, por exemplo, que chegou a mínima de 11%, já recuperou parte da perda. No quarto trimestre, o ROE chegou a 17,6%, apesar de ainda estar abaixo dos 20%, número considerado mágico pelo mercado.

“Eu diria que a gestão é cada vez mais ativa, mais dinâmica, mais digital. Porque a gente vai buscar navegar o banco com uma visão sempre de médio e longo prazo, de forma que a macro não tenha impactos materiais”, coloca.

Santander vai crescer menos?

Leão diz que a piora do ambiente macroeconômico poderá ter algum efeito na velocidade do crescimento. Porém, afirma que o cenário está longe do vivido em 2021, 2022 e 2023.

“Não tem nada parecido. Não estamos enfrentando uma crise de crédito mais profunda”.

A carteira de crédito do banco em 2024 cresceu 6,2%, a R$ 682,7 bilhões.

O CFO do banco, Gustavo Alejo, afirmou que o Santander “está preparado para crescer” em crédito, “mas depende um pouco da demanda”.

Sinalizando a forte incerteza e volatilidade no país, Alejo comentou que o ano de “2025 pode ter várias características…o que foi volatilidade em dezembro, foi diferente em janeiro”.

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Tradicionalmente, o Santander evita transmitir previsões precisas, diferente de outros rivais maiores como Itaú (ITUB4) e Bradesco (BBDC4), que devem divulgar seus números de quarto trimestre nos próximos dias.

Segundo Alejo, o Santander iniciou em setembro estratégia de hedge, algo até então inédito no banco, para reduzir a sensibilidade dos resultados da instituição ao cenário macro. A expectativa do executivo é que a estratégia, que começou com posições marginais, progrida ao longo dos próximos meses.

“A decisão, estratégica, já foi tomada”, disse o executivo. “É para termos mais previsibilidade e menos sensibilidade não só para 2025, mas para 2026, 2027 e 2028 em diante”, afirmou Alejo, sem dar detalhes sobre a estratégia.

Com informações da Reuters

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