Economista do Bradesco prevê recessão na economia no segundo semestre de 2025 

O Brasil pode entrar em recessão econômica no segundo semestre de 2025, conforme aponta Fernando Honorato, economista-chefe do Bradesco. À Revista Veja, o representante do banco destaca os juros altos conjugados com a desaceleração do consumo e dos investimentos como motivos para a retração econômica brasileira. 

“O agro será um espetáculo em 2025 e vai inflar o PIB no primeiro trimestre. Entretanto, já veremos o consumo e o investimento esfriarem no segundo trimestre, e a nossa expectativa é que o PIB seja ligeiramente negativo no terceiro trimestre”, resumiu o especialista. 

Para Honorato, o Banco Central foi assertivo na definição de suas taxas e previsões: “É exatamente o que nós esperamos. Nossa projeção atual é de que, com o juro a 15,25% ao ano, o Brasil estará em recessão no segundo semestre deste ano”. No início deste semestre, o Banco Central elevou juros para 13,25% ao ano, o que contribui para os cenários de aumento nessa taxa até o fim do ano.

Com taxa de juros anual nesse valor o crédito se torna mais caro, existe um resfriamento das atividades econômicas, incluindo os investimentos. Nesse cenário, é plausível esperar uma redução do PIB brasileiro nos últimos trimestres deste ano. 

Segundo aponta o Bradesco, os principais desafios da economia brasileira neste ano serão: inflação persistente (redução do poder de compra), juros altos (acesso ao crédito dificultado) e incertezas fiscais (equilíbrio fiscal do governo). 

Dívida bruta

No fim de 2023, a dívida bruta do país era de 73,8% do PIB. A trajetória da dívida pública é uma das preocupações do mercado financeiro e da equipe econômica. A dívida bruta do Brasil fechou o ano de 2024 em 76,1% do Produto Interno Bruto (PIB), alta de 2,2 pontos percentuais (p.p). O saldo da dívida ficou em R$ 9 trilhões em dezembro de 2024, segundo dados divulgados pelo Banco Central (BC).

Essa dívida, que é a soma do governo federal, Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e governos estaduais e municipais, é um dos principais indicadores econômicos observados por investidores. A comparação é feita em relação ao PIB para mostrar se a dívida é sustentável.

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