Dia do combate ao câncer: Goiás registrou mais de 8 mil casos da doença em 2024

O dia mundial do combate ao câncer, celebrado neste dia 4 de fevereiro, é um marco para reforçar o compromisso e a importância de iniciativas voltadas para prevenção, diagnóstico e tratamento da doença, que é uma das principais causas de morte em todo o mundo. Segundo dados do Ministério da Saúde (MS), em 2023 o Estado de Goiás registrou mais de 15 mil novos casos de câncer e 7,6 mil óbitos pela doença. No ano passado foram 8.211 novos casos e 7,3 mil mortes verificadas. Entre as mulheres, o câncer de mama continua sendo o mais recorrente, enquanto entre os homens, o de maior incidência é o câncer de próstata.

O Governo de Goiás, entre 2018 e 2024, realizou mais de 31 mil cirurgias oncológicas e mais de 1,2 milhão de consultas, exames e tratamentos ligados aos diversos tipos de tumores. Com o lançamento do Complexo Oncológico de Referência do Estado de Goiás (Cora), previsto para o primeiro semestre deste ano, o governo do Estado deve ampliar sua capacidade de atendimento e se tornar referência nacional no combate ao câncer infantil. 

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) reforçam o impacto da doença em todo o mundo. Em 2022, foram 20 milhões de novos casos da doença em todo o planeta, e, no mesmo período, foram registrados 9,7 milhões de óbitos devido aos diversos tipos de tumores. No Brasil, os números são igualmente alarmantes. Entre 2023 e 2025, o Instituto Nacional de Câncer (Inca) aponta cerca de 704 mil novos casos da doença anualmente.

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Rede de atendimento em Goiás

Pensando no combate, prevenção e diagnóstico da doença, o governo de Goiás criou e aprimora uma rede pública de apoio à população. Dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES-GO) mostram que Goiás investe R$ 35 milhões anualmente para tratamento do câncer. 

A inauguração do centro de oncologia do Hospital Estadual do Centro-Norte Goiano (HCN), em Uruaçu, é um passo importante na descentralização do combate à doença no estado. Com  21 leitos de internação clínica, 15 leitos cirúrgicos e ambulatório, a unidade conseguiu realizar, em dois anos e meio, 21.679 consultas, 7.338 sessões de quimioterapia e 1.711 cirurgias oncológicas. 

Trabalhando na oferta de tratamento no interior do estado, o Hospital Estadual de Itumbiara oferece 20 leitos de internação adulto oncológica e 15 poltronas para as sessões de quimioterapia. Além disso, a SESGO contrata tratamentos no Hospital Padre Thiago da Providência de Deus, em Jataí, e no Hospital do Câncer de Rio Verde, a fim de diversificar a oferta da rede estadual. 

“Isso possibilita acesso próximo a população da região, que não precisa se deslocar horas para realizar os procedimentos quimioterápicos”, resumiu o secretário de Estado da Saúde, Rasível Santos. 

Uma outra alternativa oferecida pelo poder público, no sentido de prevenção, é a parceria entre a SES-GO, o Centro de Genética Humana da Universidade Federal de Goiás (UFG) e a Coordenação de Mastologia do Hospital das Clínicas. A parceria oferece, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), teste genético de sequenciamento dos genes BRAC 1 e 2 ligados ao câncer de mama hereditário. A ideia é identificar os grupos mais vulneráveis o quanto antes e oferecer um tratamento mais completo. 

Cora 

A inauguração do Complexo Oncológico de Referência do Estado de Goiás (Cora) dá novo fôlego para o combate ao câncer em Goiás. A unidade de saúde, prevista para abrir as portas ainda no primeiro semestre deste ano, vai ficar em Goiânia e terá ala específica para tratamento de câncer infantil.  “Será a maior estrutura de tratamento de câncer de crianças instalado em Goiânia. Será uma obra relevante, já que nós sabemos que mais de 14 mil crianças morrem no Brasil sem serem diagnosticadas ou tratadas”, colocou Rasível. 

A unidade vai oferecer atendimento clínico e cirúrgico, quimioterapia, radioterapia e UTI especializada, seguindo inspirações, inclusive, do Hospital de Amor, em Barretos (SP), unidade referência em todo o país. As obras da unidade estão 80% concluídas. Conforme planejado, serão 148 leitos totais e uma ampliação na capacidade de realização de cirurgias oncológicas no estado. Atualmente, são 4.500 cirurgias oncológicas por ano na rede estadual, mas, com o Cora, a capacidade passará para 7.200 procedimentos anuais. 

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