No varejo, Black Friday pode ter canibalizado vendas do Natal; quais ações comprar?

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(iStock.com/gorodenkoff)

As varejistas podem ter registrado uma desaceleração no final de 2024, com a Black Friday potencialmente canibalizando as vendas de Natal, disse o UBS BB após reunião com executivos de empresas do setor na Bolsa. A avaliação é feita às vésperas da divulgação dos balanços do período.

O banco ponderou que as tendências parecem ter se recuperado no início de 2025, apesar da alta inflação dos alimentos. Empresas expostas ao crédito ao consumidor têm sido cautelosas e as taxas de inadimplência permanecem sob controle, disse.

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Segundo o UBS BB, a depreciação do real tem sido um tópico chave de discussão e pode pesar nas margens de empresas com exposição significativa à moeda estrangeira.

As varejistas, destacou o banco, indicaram uma abordagem cautelosa em relação aos aumentos de preços, com as empresas fazendo repasses próximos ao da variação do IPCA.

Alavancagem e liquidez permanecem preocupações críticas, mas várias empresas conseguiram reduzir os spreads e estender os vencimentos da dívida, beneficiando-se de condições favoráveis do mercado de crédito, disse o UBS BB.

Segundo o banco, algumas varejistas otimizaram suas estruturas de custos e estão focando na melhoria do ROIC.

Embora os custos de financiamento devam aumentar, a maioria das empresas, aponta, está a caminho de desalavancar ou manter seus atuais índices de alavancagem estáveis.

O que é ‘compra’ no varejo para o UBS BB

O UBS BB cita diversas varejistas, mas oito delas têm recomendação de compra, com os seguintes comentários.

  • Assaí (ASAI3):Focada em rentabilidade e desalavancagem, com expansão de lojas concentrada no segundo semestre de 2025.
  • Azzas 2154 (AZZA3): Busca melhorar o ROIC, descontinuando marcas com baixo desempenho e focando em marcas de vestuário feminino, especialmente a Farm, que tem forte crescimento no Brasil e internacionalmente.
  • C&A Modas (CEAB3): Tem como foco principal a melhoria da produtividade, rentabilidade e eficiência operacional, com investimentos em tecnologia e aberturas de lojas estratégicas.
  • Grupo Mateus (GMAT3): Apresentou melhora no início de 2025, com planos de abrir 25-30 lojas e manter a alavancagem em ~0,5x.
  • Grupo SBF (SBFG3): Está focado na rentabilidade e, apesar do impacto da depreciação do real, deve se beneficiar de incentivos fiscais.
  • Lojas Renner (LREN3): Aposta em investimentos em tecnologia para maior agilidade de mercado, com margens brutas em expansão e expectativa de superar o crescimento do mercado.
  • Smartfit (SMFT3): Implementou aumentos de preços estratégicos, mantendo a competitividade, além de apresentar um bom desempenho no México.
  • Vivara (VIVA3): Busca aumentar a eficiência, com expansão internacional e esforços digitais.

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