Câmara e Senado elegem novos presidentes neste sábado

Neste sábado, 1º de fevereiro, deputados e senadores elegerão os novos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado, que terão um mandato de 2025 a 2027. As eleições ocorrerão em sessões distintas, com votação secreta, conforme determina a Constituição e os regimentos internos das Casas. Além dos presidentes, também serão escolhidos os vices e secretários, responsáveis por auxiliar na administração das Casas e nas decisões legislativas.

A eleição para o Senado será a primeira, marcada para as 10h. O principal candidato à presidência é o senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), que já ocupou o cargo de 2019 a 2021 e agora busca retornar à presidência.

Alcolumbre é amplamente apoiado por uma aliança que abrange nove dos 12 partidos com representação no Senado, somando um total de 76 senadores, o que representa cerca de 94% da Casa. A votação ocorrerá por meio de cédulas, e o senador precisará de 41 votos para ser eleito. Embora existam outros candidatos, como Marcos Pontes (PL-SP) e Eduardo Girão (Novo-CE), a disputa é amplamente favorável a Alcolumbre.

Após a eleição do presidente, senadores também escolherão os vice-presidentes e secretários da Casa. A composição da Mesa Diretora é importante porque define a condução dos trabalhos legislativos e as comissões que irão tratar de projetos e temas específicos.

Alcolumbre, que já teve papel central nas articulações políticas, deverá estabelecer um equilíbrio de poder entre os diferentes grupos do Senado, incluindo o PL e o PT, que devem ocupar as vice-presidências.

Câmara dos Deputados

Às 16h, será a vez da Câmara dos Deputados eleger seu novo presidente. O favorito para o cargo é o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), que conta com o apoio de 18 partidos, com exceção do PSOL e do Novo. Motta, que tem 35 anos, é o candidato do Centrão e poderá se tornar o presidente mais jovem da história da Casa.

Motta tem candidatura apoiada por Arthur Lira (PP-AL), presidente atual da Câmara, e tem se destacado por sua capacidade de construir alianças e por sua postura conciliatória. Motta enfrentará dois concorrentes com chances limitadas: Marcel van Hattem (Novo-RS) e Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ).

As eleições na Câmara também serão feitas por meio de voto eletrônico, e Motta precisará de maioria absoluta dos votos para vencer no primeiro turno. O deputado tem se posicionado como um defensor do diálogo e da previsibilidade na agenda legislativa, prometendo fortalecer as prerrogativas dos deputados e garantir uma maior transparência nas decisões.

Em sua campanha, Motta enfatizou a necessidade de união e convergência de ideias para o desenvolvimento do país, com foco na governança e no fortalecimento do Poder Legislativo. A eleição das presidências das duas Casas terá um impacto direto na agenda política do Congresso, especialmente nas relações com o Executivo. Os presidentes do Senado e da Câmara são responsáveis por definir as pautas de votação, o que pode influenciar diretamente a governabilidade do governo Lula.

A construção de alianças e a distribuição de cargos na Mesa Diretora e nas comissões serão fatores-chave para determinar o rumo das decisões no Congresso. Davi Alcolumbre, ao longo de sua gestão anterior, consolidou sua influência ao controlar a distribuição de emendas parlamentares e ao garantir a eleição de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para a presidência do Senado.

Esse controle de recursos e sua habilidade nas articulações políticas lhe garantiram uma posição de destaque, o que faz de sua candidatura à presidência do Senado uma possibilidade quase certa. Para o futuro, Alcolumbre busca garantir uma reeleição em 2027, contando com o apoio de uma ampla base política, mas também enfrentando desafios, como a crescente fiscalização do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre as regras de distribuição de emendas.

Por outro lado, Hugo Motta se apresenta como uma opção de equilíbrio na Câmara, buscando unificar a Casa e promover um diálogo pragmático entre governo e oposição. Sua postura conciliadora visa criar um ambiente político mais previsível, no qual as pautas sejam discutidas com maior transparência e em conformidade com as demandas da sociedade.

O deputado, ao se comprometer com a manutenção da governabilidade e com a defesa das prerrogativas dos parlamentares, posiciona-se como uma alternativa que busca atender tanto à base governista quanto à oposição.

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