Ação da Vibra (VBBR3) cai mais de 5% após rebaixamento do Goldman Sachs

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O Goldman Sachs rebaixou a recomendação para neutra e cortou o preço-alvo da Vibra; a revisão incorpora a Selic mais alta e a aquisição da Comerc (Imagem: Vibra Energia/Divulgação)

No último pregão da semana e do mês, as ações da Vibra Energia (VBBR3) aparecem em destaque no Ibovespa (IBOV) — mas na ponta negativa. A companhia lidera as perdas do principal índice da bolsa brasileira desde a abertura dos negócios e figura como o papel mais negociado da B3. 

Por volta de 12h25 (horário de Brasília), VBBR3 caía 3,10%, a R$ 17,21. Na mínima do dia, o recuo foi de 5,01%. Acompanhe o Tempo Real. 

Os papéis da companhia de distribuição de combustíveis são pressionados pela revisão negativa do Goldman Sachs. 

O banco rebaixou a recomendação das ações de compra para neutro e cortou o preço-alvo de R$ 27,40 para R$ 19,50 — o que representa um potencial de valorização de 9,8% sobre o preço de fechamento da véspera (30). 

Por que Vibra foi rebaixada? 

Na visão dos analistas, a Vibra deve sofrer com revisões das estimativas de 2025 para baixo.

Segundo eles, o consenso do mercado ainda não incorpora totalmente o efeito da alta nas taxas de juros, a Selic, e o impacto negativo nos lucros da consolidação da recente aquisição da Comerc Energia, em janeiro deste ano. 

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O banco ainda considera que o nível de alavancagem “relativamente” alto da companhia , que é superior a 2 vezes a dívida líquida/Ebitda, maior do que o 1,2 vez da Ultrapar UGPA3 — que é a preferida do Goldman Sachs.

Para os analistas, o nível de endividamento limita o espaço para remuneração de acionistas e alocação de capital no curto e médio prazo.

“Esperamos que a notável geração de caixa que projetamos para os próximos anos — cerca de 18% em média do Fluxo de Caixa Livre anualizado (FCFy, na sigla em inglês)  em 2026/27 — seja usada para reduzir a alavancagem, especialmente quando considerado o desafiador cenário macroeconômico no Brasil”, escreveram Bruno Amorim, Guilherme Martins e Guilherme Bosso, em relatório. 

O que esperar do 4T24? 

O Goldman Sachs espera que o negócio de distribuição de combustíveis reporte um Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, amortização e depreciação) ajustado de R$ 1,3 bilhão no quarto trimestre de 2024 (4T24), o que representa uma queda de 44% na comparação com o mesmo período do ano passado. 

O banco também considera que os resultados do 4T24 ainda não refletirão a consolidação dos resultados da Comerc. 

A Vibra divulgação do balanço referente ao período de setembro e dezembro em 24 de fevereiro, depois do fechamento dos mercados.

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