Azul conclui negociação com parceiros comerciais e financeiros de mais de R$ 14 bilhões


Acordo resultará na eliminação de mais de R$ 11 bilhões em dívidas e obrigações da empresa. Companhia aérea azul voos Araxá e Patos de Minas
Azul/Divulgação
A companhia aérea Azul anunciou nesta terça-feira (28) a conclusão do processo de negociação com seus arrendadores, fabricantes de aeronaves e detentores de títulos de dívida.
O acordo resultará na eliminação de mais de R$ 11 bilhões em dívidas e obrigações da empresa.
A negociação envolveu a troca de dívidas por ações da Azul, totalizando R$ 3,3 bilhões em 94 milhões de ações preferenciais. Além disso, a empresa converteu mais de R$ 4,6 bilhões em dívidas que venceriam em 2029 e 2030.
Em nota, a companhia aérea afirmou que vinha enfrentando muitos desafios, como a desvalorização do real, altos custos com combustível de aviação, problemas judiciais no setor, crise global de fornecimento e enchentes no Rio Grande do Sul. Apesar disso, a empresa conseguiu negociar com seus investidores e parceiros.
“Além da extinção de R$ 11 bilhões em obrigações financeiras, recebemos hoje um aporte de novo capital de mais de R$ 3,1 bilhões, que irá reforçar o balanço da companhia e garantir que estejamos mais fortes do que nunca”, destacou John Rodgerson, CEO da Azul.
A negociação também inclui acordos estratégicos com arrendadores, fabricantes e outros fornecedores, garantindo um fortalecimento do fluxo de caixa de mais de R$ 1,8 bilhão até o final de 2027.
A finalização dos acordos, além de proporcionar uma melhoria no fluxo de caixa nos próximos três anos, trará uma desalavancagem de aproximadamente 1,4x de maneira pró-forma sobre os números do 3º trimestre de 2024, segundo a empresa.
“Estamos muito otimistas em relação ao futuro da Azul. Temos prevista a chegada de 15 novos Embraer E2 ao longo do ano, que serão extremamente valiosos para garantir a conectividade dos nossos clientes e ampliar o acesso ao modal aéreo em todo o país. Agradecemos a confiança de nossos parceiros e investidores, que nos permitiu concluir com sucesso essa negociação de maneira amigável e que seguirão nos apoiando no fortalecimento constante da Azul”, concluiu o executivo.
“Este é mais um momento muito importante na história da Azul, pois encerra um processo de negociação que torna a nossa empresa mais sólida e robusta. Além da extinção de R$ 11 bilhões das obrigações financeiras, recebemos hoje um aporte de novo capital de mais de R$ 3,1 bilhões, que irão reforçar o balanço da companhia e garantir que estejamos mais fortes que nunca”, destaca John Rodgerson, CEO da Azul.
Com mais de 16 anos de operação no Brasil, a companhia se viu no ano passado diante de cenários externos além do controle da empresa, com a desvalorização do real frente ao dólar; os custos da operação, altamente impactados pelo preço do querosene de aviação, que é um dos mais caros do mundo; o alto índice de judicialização no setor; a crise global de Supply Chain; e as enchentes no Rio Grande do Sul. Mesmo diante desse cenário extremamente desafiador, a Azul conseguiu negociar de forma amigável com seus investidores e parceiros comerciais e financeiros, conquistando mais uma vez a confiança do mercado em geral.
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