Dólar tem nova queda e fecha a R$ 5,86 — no menor patamar em dois meses

Tesouro nacional títulos públicos

O dólar à vista completou o sétimo dia de quedas ante o real com novas ameaças de Trump sobre tarifas de importação (Imagem: Getty Images)

O dólar à vista (USDBRL) estendeu as perdas ante a moeda brasileira pela sétima sessão consecutiva e na contramão do exterior, em meio a novas ameaças de tarifas de importação pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Na comparação com o real, a moeda norte-americana encerrou as negociações a R$ 5,8696 (+0,74%).

O desempenho destoou da tendência vista no exterior. Às 17h (horário de Brasília), o indicador DXY, que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, registrava avanço de 0,57%, aos 107,908 pontos.

O que mexeu com o dólar hoje?

No cenário doméstico, os investidores seguiram na expectativa pela primeira decisão de política monetária dos Bancos Centrais do ano – no Brasil e nos Estados Unidos. Hoje (28) foi o primeiro dia de reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) e a decisão deve ser divulgada amanhã (29) depois do fechamento dos mercados.

O Federal Reserve (Fed), BC norte-americano, também publica a decisão sobre juros nesta quarta-feira. A expectativa é de que o Comitê Federal do Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) mantenha os juros inalterados, na faixa de 4,25% a 4,50%.

“Não havendo surpresas com relação aos juros, o que importará serão os comunicados”, afirma o economista-chefe da Nomad, Danilo Igliori. “Para os EUA será relevante verificar em que medida serão sinalizadas novos pontos de atenção sobre a resistência da inflação em convergir para a meta. No Brasil, os esforços também estarão em tentar antecipar o ritmo de aumento e nível terminal da Selic neste ciclo de aperto monetário”, acrescentou.

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Por aqui repercutiu também novas declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Em um evento com congressistas republicanos, ele disse que incluiu o Brasil na lista de países que e “taxam demais” e “querem mal” aos EUA.

“A China é um grande criador de tarifas. Índia, Brasil, tantos, tantos países. Então, não vamos deixar isso acontecer mais, porque vamos colocar a América em primeiro lugar, sempre colocar a América em primeiro lugar”, disse Trump.

A Casa Branca também confirmou, na tarde desta terça-feira (28), que vai impor tarifas de 10% a 25% sobre produtos de Canadá, México e China. A medida deve entrar em vigor em 1º de fevereiro, próximo sábado.

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