EUA acusa Irã de ataque cibernético contra a campanha de Donald Trump

Autoridades de inteligência dos Estados Unidos confirmaram na segunda-feira, 19,  que o Irã está por trás do recente ataque hacker da campanha presidencial de Donald Trump. De acordo com a declaração conjunta do FBI, do Escritório do Diretor de Inteligência Nacional e da Agência de Segurança Cibernética e de Infraestrutura, o Irã intensificou suas atividades cibernéticas durante o ciclo eleitoral de 2024, com ações cada vez mais agressivas. As informações são do Financial Times.

As agências de segurança dos EUA afirmam que o Irã vê as eleições de novembro como “particularmente decisivas” para seus interesses de segurança nacional, o que explicaria a motivação por trás dos ataques cibernéticos e das operações de influência política. O objetivo do Irã, segundo os oficiais, é interferir na política americana, manipulando o cenário político através de ações clandestinas.

A declaração das agências norte-americanas parece confirmar as alegações feitas pela campanha de Trump no início deste mês, que denunciou o ataque cibernético de uma série de e-mails internos por parte de Teerã. A campanha de Trump alegou que essa invasão tinha o claro objetivo de prejudicar sua corrida presidencial.

Essas atividades cibernéticas iranianas marcam uma nova fase na guerra cibernética global, onde nações como o Irã utilizam o ciberespaço para promover seus interesses estratégicos. O envolvimento do Irã em operações cibernéticas não é novidade, mas o aumento da agressividade e a escolha do ciclo eleitoral dos EUA como alvo central indicam uma escalada significativa.

A interferência estrangeira nas eleições americanas tornou-se uma preocupação crescente nos últimos anos, com a lembrança vívida das tentativas da Rússia de influenciar as eleições de 2016 ainda presente na mente dos eleitores e dos legisladores. Agora, com o Irã tomando medidas semelhantes, os Estados Unidos enfrentam desafios cada vez mais complexos para garantir a integridade de seu processo eleitoral.

Aumento da defesa dos candidatos

O governo dos EUA está intensificando suas medidas de segurança cibernética para proteger o ciclo eleitoral de 2024, mas as atividades do Irã destacam a vulnerabilidade contínua das campanhas políticas e das infraestruturas eleitorais. As agências de inteligência e segurança dos EUA estão monitorando de perto essas atividades, e qualquer tentativa adicional de interferência será tratada com a máxima seriedade.

Enquanto isso, a campanha de Trump, assim como outras campanhas políticas, está sendo alertada para aumentar suas próprias defesas cibernéticas e estar atenta a quaisquer sinais de intrusão. A ameaça iraniana é um lembrete claro de que a segurança cibernética continua a ser uma das principais frentes de batalha na política internacional.

As próximas semanas serão críticas, à medida que as agências de segurança dos EUA trabalham para impedir novas tentativas de interferência e garantir que o processo eleitoral transcorra sem maiores incidentes. A vigilância contínua e a cooperação internacional serão essenciais para enfrentar essa nova realidade de ameaças cibernéticas cada vez mais sofisticadas.

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