Elétricas lidam com juros mais altos e rendimento menos atraente em 2025, diz Bradesco BBI; veja as indicações

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O Bradesco BBI atualizou suas estimativas para as elétricas, considerando retornos e o cenário macro (Imagem: Canva Pro)

O Bradesco BBI atualizou suas estimativas para as elétricas, tendo em vista os juros mais altos e rendimentos menos atraentes em 2025. Vale lembrar que este ano começou com uma trajetória de alta da taxa básica de juros (Selic), que já conta com duas altas de 1 ponto percentual contratadas para as reuniões de janeiro e março do Comitê de Política Monetária (Copom).

Os analistas Francisco Navarrete e Ricardo França, que assinam o relatório, apontam uma redução nas projeções de lucro líquido para 2025 para a Taesa (TAEE11) e ISA Energia (ISAE4) devido ao impacto negativo das maiores despesas com juros, à medida que Selic continua subindo, possivelmente atingindo um pico de 15,25% ainda este ano.

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Para a Alupar (ALUP11), a estimativa de LPA (lucro por ação) para o ano fiscal de 2025 permanece praticamente estável em relação ao ano anterior. Em relação à inflação do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor) Amplo, o BBI modela 5,0% para o 2025, 3,5% para 2026 e 3,5% para 2027 e seguintes.

Ainda, os analistas destacam que a inflação do IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) é relevante para Taesa e Alupar, que têm aproximadamente 60%/30% de suas receitas vinculadas ao índice.

Em relação ao retorno de dividendos (dividend yield) das elétricas, as previsões do BBI são menos atraentes para a Taesa (7,3%) e a ISA Energia (7,5%) em relação aos anos anteriores, quando entregaram retornos superiores a 10%.

Sobre Alupar, os analistas recordam que, historicamente, os dividendos da empresa são menores em relação a outras transmissoras. Dessa maneira, o rendimento esperado de 4% da Alupar em 2025 é visto como neutro.

Preferência do BBI entre as elétricas

Neste momento, o BBI aponta a Alupar como a transmissora com valuation mais atraente dentro do grupo, sendo negociada a uma TIR (taxa interna de retorno) implícita real de aproximadamente 10%, ou seja, 2,3 pontos percentuais (pp) acima do rendimento dos títulos NTN-B.

Já Isa Energia é negociada com uma TIR de aproximadamente 9,5%, 1,6 pp acima da NTN-B e Taesa com 5,2%, 2,5 pp abaixo da NTN-B.

Para a ISA Energia, a recomendação permanece neutra a partir de uma perspectiva de risco-retorno equilibrada.

“Mas deve-se notar que nosso cenário-base não pressupõe qualquer sucesso nas negociações com o governo do estado de São Paulo sobre certos custos previdenciários atualmente pagos pela ISA, mas que devem ser pagos pelo estado”, ponderam.

Em relação à Taesa, o BBI reitera a recomendação de venda em função do que parece ser um valuation caro. “As ações são negociadas a uma TIR real implícita de 5,2%, o que representa um prêmio injustificado em relação ao rendimento real dos títulos NTN-B do Brasil”, concluem os analistas.

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