Trump em Davos, arrecadação federal e injeção de capital na China: o que move o mercado

Os focos do mercado seguem sendo os movimento de Donald Trump nesta quinta-feira, 23. Hoje, os mercados acompanham a participação do republicano no Fórum de Davos, com foco em possíveis declarações sobre tarifas comerciais.

O mercado também repercute a injeção de US$ 158 bilhões antes do Ano Novo Chinês pelo Banco Popular da China (PBoC). Por aqui, o destaque é a arrecadação federal de dezembro, além do dólar, que pela primeira vez em dois meses fechou abaixo dos R$ 6.

Mercados atentos à participação de Trump no Fórum de Davos

A participação virtual do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no Fórum de Davos, marcada para às 13h (horário de Brasília), é um dos principais focos dos mercados nesta quinta-feira, 23.
Segundo a agência DJ, Trump deve responder a perguntas de executivos europeus, e há especulações sobre os temas que ele pode abordar, especialmente sobre tarifas comerciais.

Até o momento, Trump tem adotado uma postura mais estratégica, mas já indicou posições firmes contra países como México, Canadá e Rússia. Recentemente, afirmou: “Tem que acabar logo com essa guerra ridícula [com a Ucrânia] ou sofrerá sanções e tarifas dos EUA.”

O Kremlin, no entanto, reagiu com indiferença, reforçando que não tem pressa para mudar sua posição.

Entretanto, em relação à China, Trump foi mais brando do que o esperado. Apesar de não ser oficial, Trump mencionou a possibilidade de implementar uma sobretaxa de 10% sobre produtos chineses, possivelmente a partir de 1º de fevereiro — data que coincide com o prazo para tarifas direcionadas ao México e ao Canadá.

A alíquota de 10% é uma surpresa positiva, já que fica bem abaixo dos 60% que Trump chegou a sugerir durante sua campanha eleitoral. O resultado do movimento menos intenso contra China foi o arrefecimento do dólar ontem ante moedas de países emergentes.

Por aqui, a divisa fechou em queda de 1,40% aos R$ 5,946. Desde novembro de 2024, quando os temores fiscais em relação ao Brasil aumentaram, a divisa não permanecia abaixo dos R$ 6.

Arrecadação no Brasil e pedidos de seguro-desemprego nos EUA

Em um dia fraco de indicadores locais, o destaque é a arrecadação federal de dezembro, que será divulgada pela Receita Federal às 10h30.

Nos EUA, as atenções se voltam para a divulgação, às 10h30 pelo Departamento do Trabalho, dos pedidos de seguro-desemprego semanais.

Injeção de US$ 158 bi na economia chinesa

O Banco Popular da China (PBoC) realizou, em 22 de janeiro, uma operação de recompra reversa de 14 dias no valor de RMB 1,157 trilhão (cerca de US$ 158 bilhões), com taxa de juros de 1,65%. Essa medida visa garantir liquidez abundante no mercado, atendendo à crescente demanda por dinheiro em espécie e outros fatores relacionados ao Festival da Primavera, o Ano Novo Chinês, que será celebrado em 29 de janeiro.

De acordo com o Banco Central, a operação foi projetada para compensar o impacto do vencimento de RMB 959,5 bilhões em operações de recompra reversa de sete dias que expiraram no mesmo dia. O procedimento foi realizado por meio de licitação de quantidade fixa, com o objetivo de equilibrar a oferta de liquidez.

Segundo Wang Qing, economista-chefe da Golden Credit Rating International, o grande volume da operação reflete a estratégia do PBoC de garantir a estabilidade do mercado financeiro durante o período festivo. “Essa injeção moderada de liquidez é essencial para evitar flutuações abruptas no mercado de fundos durante um período de alta demanda”, destacou.

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