| Foto:
istock
O ceratocone está entre as principais motivações para o transplante de córnea, tanto em adultos, como em crianças. A doença ganhou até um mês de conscientização, o chamado “Junho Violeta”. A doença ocular se caracteriza pelo afinamento progressivo da córnea, fazendo com que o tecido assuma a forma de um cone.O diagnóstico do ceratocone, de acordo com a oftalmologista Karine Moysés Moro, do Centro de Oftalmologia Moysés, está mais preciso graças ao uso de tecnologias como tomografia corneana 3D, topografia corneana com anéis de Plácido, análise de wavefront, entre outros. “Essas ferramentas permitem a detecção precoce e mais acurada, mesmo em casos subclínicos, o que é fundamental para a prevenção da progressão da doença”, disse a médica.O tratamento do ceratocone tem se concentrado em duas frentes principais: retardar a progressão da doença e melhorar a acuidade visual do paciente. O cross-linking corneano está entre os procedimentos mais recomendados para estabilizar o ceratocone. Ele envolve o uso de riboflavina (vitamina B2) e luz ultravioleta para fortalecer a córnea e impedir a progressão da doença. “Embora eficaz para estabilizar a córnea, o cross-linking não melhora diretamente a acuidade visual”, comenta a oftalmologista.A conscientização sobre evitar hábitos como coçar os olhos também é essencial para prevenir a progressão da doença, especialmente em pacientes predispostos geneticamente ou em casos pediátricos, onde o ceratocone tende a progredir mais rapidamente.TABELASAIBA MAISOutros procedimentosLentes de contato rígidas e escleraisPara correção visual, especialmente em estágios mais avançados, as lentes de contato rígidas, incluindo as esclerais, são amplamente utilizadas. Essas lentes criam uma nova superfície corneana, proporcionando melhor qualidade visual.Anéis intraestromaisEsses segmentos são implantados na córnea para aplanar sua curvatura, ajudando na correção do astigmatismo irregular causado pelo ceratocone.Transplante de córneaAinda é uma opção para os casos mais graves, onde outros tratamentos não são mais eficazes. No entanto, avanços nas técnicas e tratamentos anteriores têm reduzido a necessidade de transplantes em muitos pacientes.
