Sob liderança brasileira, Brics anuncia adesão de Cuba, Bolívia e mais seis países como parceiros

O governo brasileiro divulgou nesta sexta-feira, 17, a entrada de oito países no bloco econômico dos Brics, atualmente sob presidência do Brasil. O anúncio oficial foi feito em outubro, nos últimos dias da presidência russa, mas as adesões passaram a valer na gestão brasileira em 2025.  Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Tailândia, Uganda e Uzbequistão passam a integrar o bloco como “países parceiros”, modalidade criada ano passado.

As nações participarão dos fóruns, mas sem direito a voto. Mais de 30 países já demonstraram interesse em se juntar ao Brics.

Importância da adesão para os novos parceiros

O presidente boliviano Luis Arce comemorou a inclusão do país no fórum. Em uma rede social, ele destacou: “Esta adesão não só abre novas portas para o nosso país, mas também nos posiciona na posição de expandir e diversificar as relações comerciais num mercado vibrante e em crescimento. A integração nos Brics dá a oportunidade de impulsionar setores-chave como energia, comércio, tecnologia, indústria transformadora e finanças sustentáveis”.

A nova categoria permite que países parceiros sejam convidados para eventos importantes do Brics, como a Cúpula e a reunião de Ministros das Relações Exteriores. Além disso, esses países podem integrar outros espaços de discussão e endossar documentos importantes do grupo, como as Declarações de Cúpula e Declarações Conjuntas dos Ministros.

Processo de adesão como “país parceiro”

O processo de entrada na categoria de “país parceiro” é conduzido em etapas. Inicialmente são realizadas consultas informais pela presidência de turno, que avalia critérios como equilíbrio geográfico e manutenção de boas relações diplomáticas com todos os membros do Brics.

Após esse processo, os líderes do agrupamento decidem por consenso sobre o convite aos países interessados. A divulgação dos novos parceiros ocorre conforme os convites são aceitos.

Com a inclusão desses oito novos países, o Brics amplia ainda mais sua influência global, fortalecendo laços comerciais, políticos e estratégicos em diferentes regiões do mundo.