Goiás amplia exportações de carne com habilitação de novas plantas frigorífricas

O mercado de exportação brasileiro ganhou mais um avanço com a autorização do governo peruano, por meio do Serviço Nacional de Sanidade Agrária (SENASA), para que nove novas plantas frigoríficas exportem carne suína e de aves ao Peru. A medida foi oficializada na terça-feira, 14.

Desde janeiro de 2023, o estado do Acre vinha sendo pioneiro na exportação de carne suína para o Peru. Com a nova habilitação, estados como Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo passam a integrar a rota de exportação desse produto. Para carne de aves, o Rio Grande do Sul agora conta com uma planta produtiva autorizada.

“Temos trabalhado fortemente para proporcionar as garantias sanitárias exigidas pelos principais mercados importadores. É importante salientar que, em relação à gripe aviária, Goiás foi um dos poucos estados que não registrou nenhum foco da doença. Fatores como esse têm possibilitado a habilitação de novas plantas frigoríficas e a abertura de mercados, fortalecendo nossa balança comercial”, destacou o titular da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SEAPA-GO), Pedro Leonardo.

Além disso, o secretário afirmou que Goiás está focado em expandir suas parcerias comerciais. Ele anunciou que uma missão oficial será realizada em breve para a Índia, um mercado promissor para a carne de frango e suínos.

“Essa aproximação com novos parceiros é fundamental para aumentarmos nossa comercialização. A Índia é um importante comprador, e essa prospecção reforça nossa estratégia de diversificação e ampliação de mercados”, afirmou.

Impacto econômico

Pedro Leonardo ainda destacou o papel das exportações de frango e suínos no desempenho da balança comercial goiana. “O principal item da nossa pauta de exportação é a proteína animal, e nossos esforços estão sendo recompensados com sucessivos recordes”, completou.

Em 2024, o Brasil registrou um volume de exportações agropecuárias para o Peru superior a US$ 755 milhões, englobando não apenas carnes, mas também soja, frutas, fibras têxteis, nozes e produtos lácteos. Deste montante, as exportações de carne alcançaram mais de US$ 141 milhões.

A ampliação no número de plantas frigoríficas habilitadas deve impulsionar ainda mais o comércio bilateral, gerando crescimento expressivo nas exportações de carne suína e de aves. A inclusão de novas unidades frigoríficas reflete o fortalecimento da cadeia produtiva nacional.

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