China: Quais foram as medidas de estímulo econômico desde setembro

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(Imagem: Getty Images Signature/Canva Pro)

A China está expandindo um programa que facilita a troca de bens de consumo, dentre outras medidas, para impulsionar o consumo interno e reaquecer a economia. Além disso, o governo chinês vai oferecer mais subsídios para estimular as compras online ao longo deste ano, mostrou documento oficial nesta quarta-feira (8).

Estas medidas fazem parte de uma sequência de anúncios de políticas fiscal e monetária, que iniciou em setembro de 2024.

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O objetivo do país é de manter o crescimento econômico em torno de 5% nos anos de 2024 e 2025, além de reduzir os efeitos de um aumento previsto nas tarifas comerciais dos Estados Unidos.

O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, ameaçou tarifas de até 60% em importações chinesas. Em seu último mandato, entre 2016 e 2020, as tarifas variavam entre 7,5% a 25%.

Confira todas as medidas da China, desde setembro

24 de setembro

O banco central da China divulgou as medidas de estímulo monetário mais agressivas desde a Covid-19. O anúncio mostrou amplos cortes nas taxas de juros, inclusive nas hipotecas existentes, reduzindo a taxa mínima de entrada para 15% para todos os tipos de compradores e novos financiamentos para compras de ações.

O Banco do Povo da China também introduziu duas novas ferramentas para apoiar os mercados de capitais:

  1. Um programa de swap com um tamanho inicial de 500 bilhões de iuanes – permite que fundos, seguradoras e corretores tenham acesso mais fácil a financiamento para comprar ações;
  2. Fornece até 300 bilhões de iuanes em empréstimos baratos do banco central a bancos comerciais para ajudá-los a financiar a compra e recompra de ações de outras entidades.

26 de setembro

Em seguida, apenas dois dias após a medida anterior, líderes chineses prometem implementar “gastos fiscais necessários” para estimular o crescimento, de acordo com uma reunião do Politburo sobre a situação econômica.

27 de setembro

No dia seguinte, o banco central chinês reduziu a taxa de compulsório em 0,5 pontos percentuais. Além disso, também houve a redução de 0,2 pontos percentuais na taxa de referência dos acordos de recompra reversa de sete dias.

29 de setembro

A cidade de Guangzhou tornou-se a primeira de alto nível a suspender todas as restrições à compra de casas. Pequim, Xangai e Shenzhen também flexibilizaram as restrições às compras por compradores não locais.

12 de outubro

O Ministério das Finanças se comprometeu a “aumentar significativamente” a dívida, apoiar os governos locais endividados e oferecer subsídios às pessoas de baixa renda.

17 de outubro

A autoridade habitacional anunciou planos para expandir a lista de projetos inacabados elegíveis para financiamento e aumentar os empréstimos bancários para ¥4 trilhões até o final do ano.

21 de outubro

A China reduziu suas taxas de empréstimo de referência em 0,25 pontos percentuais.

8 de novembro

A China divulgou um pacote de dívida de ¥10 trilhões (equivalente a US$ 1,36 trilhão) para aliviar as tensões de financiamento dos governos locais e estabilizar o crescimento.

13 de novembro

A China anunciou incentivos fiscais para transações de casas e terrenos, com o objetivo de apoiar o mercado imobiliário, aumentando a demanda e aliviando as dificuldades financeiras das incorporadoras.

9 de dezembro

A China passou de uma postura “prudente” para uma política monetária “adequadamente frouxa”. Essa foi a primeira mudança desse tipo em cerca de 14 anos, de acordo com o relatório de uma reunião das autoridades do Partido Comunista.

11 de dezembro

A Reuters relatou que os principais líderes da China estavam avaliando permitir que o Yuan se enfraqueça em 2025, enquanto se preparam para tarifas comerciais mais altas dos EUA.

12 de dezembro

Os principais líderes chineses prometeram aumentar o déficit orçamentário, emitir mais dívidas e afrouxar a política monetária para manter uma taxa de crescimento econômico estável, de acordo com um resumo da Conferência Central de Trabalho Econômico.

17 de dezembro

A Reuters informou que Pequim terá como meta um déficit orçamentário de 4% do Produto Interno Bruto (PIB) no próximo ano, enquanto mantém uma meta de crescimento econômico de cerca de 5%.

24 de dezembro

A Reuters informou que as autoridades concordaram em emitir ¥3 trilhões (US$ 409,19 bilhões) em títulos especiais do Tesouro em 2025, o maior valor anual já registrado.

Janeiro de 2025

Por fim, já em 2025, milhões de funcionários públicos em toda a China receberam aumentos salariais inesperados. O pagamento imediato equivaleria a uma injeção única na economia de cerca de US$ 12 bilhões a US$ 20 bilhões.

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