Cada vez mais próximo da base governista, PL em Goiás pode estar mais dividido do que se pensa

Sabe-se que não é de hoje que o PL em Goiás passa por um processo de desagregação interna. A última crise pública, essa ainda com área eleitorais de 2024, foi aquela envolvendo Major Vitor Hugo, vereador mais votado de Goiânia no último pleito, e Gustavo Gayer, deputado federal e presidente metropolitano da legenda.

Vitor Hugo e Gayer trocaram acusações e ataques após o vereador ser alvo de uma nota de repúdio do PL de Goiânia e de Goiás (dirigido pelo senador Wilder Morais) por uma apontada articulação para aproximar o partido de Daniel Vilela e seu projeto para 2026, que tem como foco o Palácio das Esmeraldas.

Acontece que essa seria só a ponta do iceberg. A legenda em Goiás e na capital estaria quase à deriva. Após a derrota de Fred Rodrigues e o resultado abaixo do esperado na eleição de prefeitos, Gayer e Wilder teriam perdido prestígio ante os próprios correligionários, abrindo brechas para movimentações independentes.

Em Aparecida de Goiânia, o vereador do PL, André Fortaleza, usou o púlpito na sessão solene de posse para enaltecer o projeto de Daniel Vilela para 2026. “Partido não manda em mim”, alfinetou, ao declarar que agia com sua consciência, e que contribuiria para a candidatura do emedebista no que pudesse.

Este articulista que vos escreve chegou a esperar de Gayer outra nota de repúdio, mas ela não veio. Até porque a coisa no Legislativo também não está muito agradável aos olhos da cúpula municipal do PL.

Conforme já adiantado pela coluna Bastidores, Mabel mantém diálogos com três dos quatro membros da bancada do PL na Casa – Oséias Varão, Coronel Urzeda e Willian Veloso, que teriam sinalizado que acompanharão o Paço Municipal nas votações e discussões do Plenário.

A aproximação não começou agora. Oséias, Urzeda e Veloso, que até o fim do segundo turno faziam críticas contundentes a Sandro Mabel, iniciaram uma ‘conciliação’ com o novo prefeito de Goiânia pouco depois de sua vitória nas urnas. Em uma festa da Fieg promovida no dia 13 deste mês, que marcou a despedida de Mabel da entidade, os três parlamentares estiveram presentes, de forma conjunta, já sinalizando uma abertura de diálogo com o novo chefe do Executivo municipal.

Agora, até o próprio Major Vitor Hugo também evita a palavra “oposição”. Em entrevista recente, o parlamentar afirmou que sua postura na Câmara em relação a Mabel será, sim, de “independência”.

Nesse ritmo, faltará espaço nas redes sociais PL de Gayer e Wilder para tantas notas de repúdio. (T.P.)

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