Bitcoin: será que já chegamos ao topo?

O fim de ano está sendo de emoção à flor da pele para os entusiastas das criptomoedas. A queda do mercado nos últimos dias pegou de jeito os investidores mais emocionados: com a descida do bitcoin de US$ 108 mil a cerca de US$ 93 mil, a apreensão tomou conta.

A pergunta que fica: será que ainda existe espaço para o ativo subir? Vamos entender.

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Um dos principais motivadores dessa correção foi o resultado da reunião do Comitê Federal de Política Monetária (FOMC, na sigla em inglês) na quarta-feira, 18. O Fed, banco central dos EUA, anunciou mais um corte nos juros este ano, uma redução de 0,25%, para a faixa entre 4,25% e 4,50% ao ano.

Isso já era esperado por grande parte dos analistas. No entanto, as novas orientações e projeções futuras para a economia americana foram recebidas pelo mercado como mais conservadoras, incluindo a sinalização de cortes mais lentos nos juros em 2025.

Isso indica que a política monetária vai permanecer mais restritiva por mais tempo que o esperado, o que tende a resultar em menor liquidez no mercado e condições financeiras mais apertadas.

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Para ilustrar, segundo a FedWatch Tool (ferramenta do CME Group que monitora as probabilidades de mudanças nas taxas do Fed), existe apenas 10,7% de chance de um novo corte de juros na próxima reunião do FOMC, em 29 de janeiro de 2025, conforme mostra o gráfico abaixo.

Assustado com o discurso do Fed, o mercado corrigiu bastante, com o bitcoin voltando à faixa dos US$ 93 mil e altcoins tendo desvalorizações significativas.

Passamos de um sentimento de Extrema Ganância (Extreme Greed) ao estágio de Ganância (Greed), dando uma esfriada nos ânimos — como mostra o Índice de Medo e Ganância abaixo.

No meu ponto de vista, esse movimento é saudável para o ciclo de alta e reforça a tendência positiva. Essa desaceleração mostra que estamos preparados para virar o ano com um cenário mais realista.

Investimentos em renda variável têm sido interessantes para os investidores e tudo leva a crer que essa tendência vai permanecer para 2025.

Vale lembrar que, em apenas dois meses, o bitcoin saiu de US$ 60 mil para a sua máxima histórica, US$ 108.268,45.

A expectativa de vermos o ativo precificado na faixa entre US$ 120 e US$ 150 mil não mudou e quem segue firme na visão de longo prazo não se abala com essas quedas.

Precisamos entender que os ciclos de alta também são formados por correções, não sobem em linha reta. O mercado é extremamente emocional e reage pressionando o preço para baixo ou para cima.

Os indicadores on-chain que uso para fazer minhas análises semanais não apontam esgotamento, temos espaço ainda para multiplicar o nosso capital com boas escolhas e estratégias.

No bull market de 2021, enfrentamos uma queda semelhante. Assistimos a uma correção de cerca de 50% do bitcoin antes de uma nova pernada de alta até o seu ATH (all-time high ou recorde histórico) naquela temporada, como mostra o gráfico a seguir.

Catalisadores

Acredito que podemos experimentar logo adiante um novo momento de euforia no mercado, impulsionado principalmente pela posse do novo presidente dos EUA e pró-cripto, Donald Trump.

Trump já deixou clara a sua intenção de trabalhar para avançar com o cenário regulatório dos ativos digitais e confirmou que pretende criar uma reserva estratégica de bitcoin, nos moldes da já existente de petróleo.

Esse movimento ajudou a fortalecer discussões sobre reservas estratégicas de bitcoin em outros países, como o próprio Brasil, além de Rússia, Polônia e Japão. Se a ideia ganhar tração, pode funcionar como um grande impulsionador da moeda.

Estratégia e paciência

Embora as recentes correções no preço possam gerar incertezas, elas são uma parte natural dos ciclos de alta e indicam que o mercado está buscando se reequilibrar. Sem nos esquecermos também de que quedas são oportunidades de comprar ativos com desconto.

Os catalisadores e métricas apontam, em geral, uma tendência a novas valorizações. Precisamos aprender a ficar mais confortáveis com a volatilidade, pois é uma característica típica da criptoesfera, e o sucesso está em manter uma visão estratégica. A história serve como um guia: o que parece ser um topo pode, na verdade, ser simplesmente o início de uma nova pernada de alta. Vamos acompanhar!

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