Dona Onete recebe alta após ficar internada para tratar infecção, em Belém

Conhecida como a “Rainha do Carimbó Chamegado”, artista tem 85 anos. Cantora e compositora paraense Dona Onete.
Divulgação
A rainha do carimbó chamegado, Dona Onete, informou na noite desta sexta-feira (20) que recebeu alta hospitalar. A cantora, de 85 anos, estava internada desde o dia 13 de dezembro para tratar infecção, em Belém.
“Meus amores, estou de alta! Estou tão feliz! Agradeço todas as orações e o carinho”, disse a artista pelas redes sociais.
Após a alta médica, Dona Onete comunicou que deve ficar de repouso em casa e que vai seguir as orientações médicas. “Vou ficar quietinha, prometo!”.
Dona Onete foi internada para tratar um quadro de infecção urinária. Segundo informações da equipe da artista, a medida foi adotada para evitar complicações, considerando sua idade.
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A internação comoveu muitas personalidades e fãs da cantora paraense. Figuras como Alane Dias, Fafá de Belém, Otto Ferreira, Milton Cunha, Daniela Mercury e o governador do Pará, Helder Barbalho, se solidarizaram com a artista e desejaram rápida recuperação.
“Saúde rainha amada e amiga querida! Nós te amamos e estamos torcendo e pedindo a tua saúde. Maravilhosa!”, disse Milton Cunha.
A artista paraense será um dos destaque no desfile da Grande Rio, que homenageará o Pará no Carnaval de 2025, celebrando a cultura e as entidades encantadas da região amazônica. A cantora entrará na Marquês de Sapucaí no dia 4 de março de 2025.
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Conhecida como a “rainha do carimbó”, Ionete da Silveira Gama é considerada um expoente de ritmos paraenses, como o carimbó, que a levou a palcos nacionais e internacionais.
Em 2023, aos 84 anos, Dona Onete teve sua obra musical reconhecida como patrimônio cultural imaterial do Pará.
Carreira
Dona Onete iniciou a carreira artística após os 60 anos, com o álbum “Feitiço Cabloco” , lançado em 2012, que agrega algumas das mais de 300 composições da artista.
Nascida em Cachoeira do Arari, no Marajó, construiu uma trajetória marcante como mulher forte e independente, se dedicou ao ofício de professora de história e estudos Paraenses durante 25 anos.
A artista também atuou como secretária de cultura de Igarapé-Miri, no nordeste do estado, na década de 1990.
Dona Onete.
estudio walda marques
Dona Onete participou de importantes grupos folclóricos como o “Raízes do Cafezal” e grupo pop com raízes regionais “Coletivo Rádio Cipó”. No cinema, interpretou uma cantadora de carimbó no filme “Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios”, protagonizado por Camila Pitanga.
Com quatro álbuns gravados e diversos singles, ela reúne sucessos que retratam o Pará e celebram os ritmos do Estado, como “No Meio do Pitiú” e “Carimbó Chamegado”.
A marajoara foi uma das estrelas da série de espetáculos “Terruá Pará”, contando com expoentes de todas as vertentes da música local.
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O reconhecimento internacional resultou em turnê pela Europa, passando por países como Portugal, França, Inglaterra e Finlândia.
A cantora também fez parcerias com outros grandes nomes da música paraense, como Fafá de Belém, Gaby Amarantos e Aíla. Sua parceria com Daniela Mercury, quando a baiana gravou a canção “Banzeiro”, agitou o carnaval de 2018 e se mantém relevante.
Nesta sexta (29), a proposta de lei, que foi apresentada pelo deputado Elias Santiago, foi aprovada com unanimidade pelos parlamentares da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), por meio da lei n° 10.088.
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