A paixão que não morre nunca pelo impresso

Dulcineia Ferraz, 98 anos completados em julho, lendo a Folha de Pernambuco em sua casa, em Triunfo – uma cidade que adoro. Ela é irmã de um antigo grande fã do programa Frente a Frente, que eu apresento por meio de dezenas de emissoras de rádios daqui de Pernambuco e de outros estados nordestinos: Zé Ferraz, de Petrolândia. 

Ela é mãe do nosso colunista de automóveis Renato Ferraz e de Iedo Ferraz, ex-presidente da Casa do Estudante de Pernambuco (CEP). Zé Ferraz morreu no começo deste ano, com 101 anos e poucos meses – mas sempre ligado nas notícias de Pernambuco, do Brasil e do mundo. 

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Dona Dulce obriga outro filho, Ricardo Ferraz, que mora ao lado dela, a trazer do Recife todas as edições de revistas e jornais ainda impressos – no caso da foto (acima), a Folha de Pernambuco. Dulce, mesmo com seus 98 anos, não dispensa as publicações impressas, claro – principalmente as relacionadas à história do sertão do Pajeú, dos que tratam da história de Lampião. Nascida na Fazenda Ema, no distrito florestano de Nazaré do Pico, teve seus primos como os maiores combatentes do cangaço. 

Um deles, o alfaiate Neco de Pompília, que a ensinou a costurar, aos 17 anos teve que ir para o enfrentamento ao grupo do cangaço. Porém, como o povo daquela região, morrer antes dos 100 anos é uma fatalidade.

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